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"NY Times" retrata Lula com ceticismo
DA REDAÇÃO
O jornal norte-americano "The
New York Times" apresentou ontem um perfil do candidato do PT
à Presidência, Luiz Inácio Lula da
Silva, como um político de esquerda que se esforça para convencer a classe média e o mercado
financeiro de que não é mais, nas
palavras do jornal, "um revolucionário incendiário".
O texto, intitulado "Maquiagem
na esquerda é recebida com ceticismo no Brasil", é editado no alto
da pág. 3 do diário, ao lado de um
gráfico com a evolução das intenções de voto no Brasil.
A reportagem aponta resistência por parte da sociedade brasileira em relação às mudanças de
Lula e do PT.
Assinada pelo correspondente
no Brasil, Larry Rohter, traz a versão de Lula a essa suposta resistência: "Veja, se nestes 22 anos de
história do Partido dos Trabalhadores, eu não tivesse mudado nada, algo estaria errado", diz Lula
no "New York Times".
"Acho que mudei, mudei muito" e "e creio que o Partido dos
Trabalhadores também está muito mais maduro, muito mais
consciencioso", prossegue.
O texto fala sobre a aliança de
Lula com o PL, definido como
"um pequeno partido de direita
composto por grupos evangélicos", e da indicação como vice do
senador José Alencar (PL-MG),
retratado como "um magnata do
setor têxtil".
Sobre o relacionamento do Brasil com os EUA, o jornal traz declarações para mostrar que um
eventual governo Lula terá mais
independência. "O Brasil não pode ser tratado como uma colônia.
Precisa pensar naquilo o que quer
e no que o povo brasileiro quer",
diz Lula.
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