São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002

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"NY Times" retrata Lula com ceticismo

DA REDAÇÃO

O jornal norte-americano "The New York Times" apresentou ontem um perfil do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, como um político de esquerda que se esforça para convencer a classe média e o mercado financeiro de que não é mais, nas palavras do jornal, "um revolucionário incendiário".
O texto, intitulado "Maquiagem na esquerda é recebida com ceticismo no Brasil", é editado no alto da pág. 3 do diário, ao lado de um gráfico com a evolução das intenções de voto no Brasil.
A reportagem aponta resistência por parte da sociedade brasileira em relação às mudanças de Lula e do PT.
Assinada pelo correspondente no Brasil, Larry Rohter, traz a versão de Lula a essa suposta resistência: "Veja, se nestes 22 anos de história do Partido dos Trabalhadores, eu não tivesse mudado nada, algo estaria errado", diz Lula no "New York Times".
"Acho que mudei, mudei muito" e "e creio que o Partido dos Trabalhadores também está muito mais maduro, muito mais consciencioso", prossegue.
O texto fala sobre a aliança de Lula com o PL, definido como "um pequeno partido de direita composto por grupos evangélicos", e da indicação como vice do senador José Alencar (PL-MG), retratado como "um magnata do setor têxtil".
Sobre o relacionamento do Brasil com os EUA, o jornal traz declarações para mostrar que um eventual governo Lula terá mais independência. "O Brasil não pode ser tratado como uma colônia. Precisa pensar naquilo o que quer e no que o povo brasileiro quer", diz Lula.


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