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Governadora petista recebe nota 4,4
DA SUCURSAL DO RIO
A administração da governadora Benedita da Silva (PT) recebeu
nota 4,4 dos entrevistados ouvidos pelo Datafolha. O governo da
petista, no cargo há pouco mais
de três meses, é considerado ruim
ou péssimo por 38% dos fluminenses. Outros 38% acham regular o desempenho de Benedita no
Rio de Janeiro. Os que acham a
gestão da governadora ótima ou
boa somam 18%.
Os índices de reprovação ao governo estão entre os entrevistados
mais jovens (de 16 a 34 anos), com
42%, entre os residentes na região
metropolitana (41%) e entre os
que têm o 2º grau completo
(41%). A administração Benedita
também é rejeitada pelos eleitores
com renda familiar de cinco a dez
salários mínimos (41%)
Quase metade dos entrevistados que ganham mais de dez salários mínimos (45%) avalia como
regular a administração petista,
enquanto o índice mais alto de
aprovação a Benedita está entre
os entrevistados do interior do Estado (22%).
Benedita herdou do antecessor,
o candidato do PSB à Presidência,
Anthony Garotinho, um Rio de
Janeiro conflagrado, com índices
alarmantes de violência e com
centenas de favelas e conjuntos
habitacionais tomados pelo narcotráfico.
Desde a posse, em 6 de abril, Benedita viu fracassar sua política de
segurança, a ponto de ter que pedir ajuda operacional e financeira
ao governo federal.
O Ministério da Justiça anunciou a liberação de R$ 11,6 milhões para o combate ao narcotráfico e para o treinamento de policiais. A medida mais forte foi a
criação de uma força-tarefa contra a criminalidade, que, sob o comando da PF (Polícia Federal),
reúne as Forças Armadas, as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal e até a Receita Federal.
Na gestão de Benedita, pelo menos três episódios policiais chocaram o país: o assassinato do jornalista Tim Lopes, da TV Globo,
em 2 de junho, na favela da Grota
(zona norte), e os ataques de criminosos com fuzis e granadas às
sedes da Prefeitura do Rio e da Secretaria Estadual de Direitos Humanos.
Benedita assumiu o cargo em
meio a uma briga de números
com Garotinho. Ela acusou o ex-aliado de deixar um déficit orçamentário, até o fim do ano, de R$
1,3 bilhão. Garotinho negou, dizendo que havia R$ 736 milhões
em caixa quando passou o Estado
ao PT.
Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, Benedita cortou R$
842 mil mensais da folha de pagamento, relativos a reajustes salariais de 1.580 servidores, concedidos por Garotinho.
Um demonstrativo das contas
do Estado referente ao primeiro
quadrimestre do ano, publicado
no "Diário Oficial" de 31 de maio,
mostrou que as despesas cresceram 28% em relação ao mesmo
período de 2002, enquanto a receita tributária só aumentou
3,4%.
Também no quadrimestre, o
superávit primário do Estado (diferença entre receita e despesas,
excetuando juros) caiu 94% -de
R$ 1,2 bilhão, em 2001, para R$ 77
milhões, em 2002.
(ST)
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