São Paulo, sábado, 8 de agosto de 1998

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Lula espera "julgamento" de pedetista

dos enviados especiais

Luiz Inácio Lula da Silva tentou manter a calma ao ser informado das declarações de Rossi, mas não aguentou muito tempo. "Espero que os partidos da nossa aliança julguem o comportamento do Rossi", afirmou. O PDT, partido de Rossi, integra a chapa de Lula com Brizola, candidato a vice.
Lula disse que nunca combinou com Rossi que o PT apoiaria sua candidatura ao governo paulista, ganhando em troca a vice. "Conversei poucas vezes com Rossi e nunca tratei com ele da eleição de São Paulo", declarou Lula.
As afirmações de Rossi foram encaradas pelo PT como um rompimento claro do candidato com Lula e o partido. O PT queria que o pedetista honrasse o compromisso nacional das duas legendas e apoiasse, mesmo sem muito entusiasmo, a chapa presidencial das agremiações de esquerda.
No raciocínio petista, não há chance de Brizola solucionar o impasse, já que Rossi é independente e não segue a liderança do ex-governador fluminense.
Em caso semelhante, quando o PT do Rio recusou-se a apoiar Anthony Garotinho (PDT) na sucessão, a direção nacional do PT interveio no diretório local e barrou a candidatura própria de Vladimir Palmeira, forçando a coligação.
Outro ponto tenso entre PT e PDT paulistas ontem foi o boato sobre uma possível desistência de Marta Suplicy, candidata petista ao governo de São Paulo, para apoiar Rossi. O boato foi recebido com risos, por não ser factível, e revolta. O PT acha que Rossi majoritariamente estimulou o boato.



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