FABIANA CORRÊA
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DA AGÊNCIA FOLHA

A discussão sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) foi o tema principal das comemorações do Dia da Independência na 8ª edição do Grito dos Excluídos, ontem na Basílica Nacional de Aparecida, no Vale do Paraíba.
Sob o tema "Soberania Não se Negocia", o evento reuniu cerca de 150 mil pessoas -público recorde nas comemorações do Sete de Setembro na Basílica Nacional, segundo levantamento da organização do santuário e da Polícia Militar. A última edição levou cerca de 90 mil pessoas a Aparecida.
Antes do início da missa, o bispo de Santos, dom Jacyr Francisco Braido, responsável pelas pastorais sociais da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), fez uma votação simbólica contrária à adesão do país a Alca.
O plebiscito contra a Alca, que desde o início do mês está sendo feito em todo o país, espera ter cerca de 15 milhões de adesões.
"O lema deste ano foi a forma encontrada pela Igreja para alertar os futuros governantes sobre a Alca", disse Braido.
Grito reuniu representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), sindicalistas ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e partidos políticos. "O Brasil tem que se tornar livre de grandes potências", disse Lorscheider durante a celebração, que durou cerca de 1h20.

Outros Estados
Em Belo Horizonte (MG), cerca de 3.000 pessoas, segundo estimativa da PM, fizeram passeata e ato público no centro da cidade.
Pelo menos 5.000 manifestantes participaram do Grito em Belém (PA), em uma manifestação pacífica. Ao contrário do ano passado, a edição atual do Grito em Porto Alegre (RS) não registrou incidentes graves, segundo informações da polícia, que acompanhou os manifestantes com um regimento da tropa de choque.
O Grito reuniu cerca de 3.000 pessoas em Recife (PE), segundo os organizadores. Em Alagoas, a manifestação aconteceu na orla marítima de Maceió. A PM não informou estimativa de presentes.


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