São Paulo, domingo, 08 de setembro de 2002

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OUTRO LADO

Meta é sujeita a alterações, diz secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretario de Comunicação do Estado de São Paulo, Luiz Salgado, afirmou que a administração Covas/ Alckmin realizou "o maior conjunto de obras e serviços que o Estado já viu, em toda a sua história".
A razão principal para o não-cumprimento das metas está ligada, segundo ele, às circunstâncias, à disponibilidade de recursos e às demandas da população.
"Afinal, é para isso que existe governo. Caso contrário, bastaria colocar o plano em um computador e esperar que tudo se realizasse como o previsto", afirmou Salgado em carta enviada à Folha, na sexta-feira.
Em defesa do governo, o secretário afirmou que "jornalistas sabem o quanto metas de planejamento são sujeitas a alterações".
"Se os planos de uma edição mudam em questão de horas, o que dizer das metas estabelecidas para um mandato de quatro anos, sujeito a crises nacionais ou internacionais, quedas de receitas, além de entraves judiciais e burocráticos que surgem a todo momento?", contestou Salgado.
Na avaliação do secretário, as crises externas neste segundo mandato do PSDB (1999-2002) tiveram grande participação na queda de investimentos no Estado e na retração da economia.
Apesar disso, mostrou números da Fundação Seade que apontam investimentos privados de US$ 74,5 bilhões entre 1999 e 2002.
O secretário citou também a melhora no comércio exterior do Estado. Segundo Salgado, houve crescimento das exportações de US$ 18 bilhões, em 1998, para US$ 20,6 bilhões, em 2001, e a diminuição das importações de US$ 27,9 bilhões para US$ 24,8 bilhões no período.
A principal fonte de receita de São Paulo é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), cujo desempenho está atrelado ao nível de atividade econômica: se há recessão, a arrecadação do imposto cai; se a economia vai bem, aumenta a receita do ICMS.
O governo argumenta também que o Estado sofreu com as altas taxas de juros mantidas no período.
Salgado citou outras ações do governo, como o combate ao analfabetismo. Segundo ele, 99,7% das crianças que têm entre sete e 14 anos estão na escola. E disse que programas que não constavam do plano de governo de 98 "foram implementados com grande êxito".


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