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INVESTIGAÇÃO
Em fita, brasileiro preso nos EUA diz que ele e sócio pediram US$ 50 mi a Quércia por papéis contra FHC
FBI aponta negociadores do dossiê Caribe
DA REDAÇÃO
A Folha publica a partir de hoje reportagens exclusivas que identificam negociadores do dossiê
Caribe. Gravações obtidas pelo FBI (a polícia federal dos EUA) mostram como dois brasileiros
presos em Miami acusados de envolvimento com
o narcotráfico tentaram vender a políticos o dossiê -conjunto de papéis sem autenticidade comprovada sobre suposta conta no exterior de uma
sociedade entre o presidente Fernando Henrique
Cardoso, o ministro José Serra (Saúde), o governador paulista Mário Covas e Sérgio Motta, ministro das Comunicações morto em abril de 98.
Desde que o chamado dossiê Caribe se tornou
público, em novembro de 98, a Folha investiga o
caso. Com a prisão de Oscar de Barros e José Maria Teixeira Ferraz pelo FBI, em março deste ano,
a reportagem viajou para Miami e Nova York oito
vezes. Esteve ainda em Nassau, Bahamas, onde
está registrada a CH,J&T -nome da empresa
que seria de propriedade da cúpula tucana, de
acordo com o dossiê. Mesmo após a prisão dos
dois brasileiros e das gravações do FBI, não é possível determinar a veracidade do dossiê.
Ferraz, um dos negociadores dos papéis que está
preso com Oscar de Barros, sustenta que existem
duas versões do dossiê. A que veio a público em
98, segundo ele, é falsa. Um outro dossiê, que ele
diz ser o autêntico, ainda estaria em poder dele e
do sócio. A Folha insistiu diversas vezes para que
Ferraz apresentasse os documentos. Ele não mostrou nada que pudesse provar que diz a verdade.
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