São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2000

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GOVERNO
No total, 26 candidatos de PSDB, PMDB, PPB e PFL disputam o 2º turno; titulares de pastas devem concentrar participação em cidades de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul

Ministros focam campanha em 3 Estados

LUIZA DAMÉ
SOLANO NASCIMENTO


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Municípios de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul serão os alvos principais da atuação de ministros do governo Fernando Henrique Cardoso no segundo turno das eleições.
No total, 26 candidatos dos quatro partidos que têm pastas (PSDB, PMDB, PPB e PFL) estarão disputando o segundo turno.
A participação dos ministros será menor do que no primeiro turno, quando parte deles chegou a tirar férias para fazer campanha, mas haverá viagens em finais de semana e gravação de programas para a propaganda eleitoral.
O PSDB definiu como prioridade a vitória de João Leite, candidato a prefeito de Belo Horizonte, maior cidade e única capital onde o partido ainda está na disputa.
A cúpula tucana vai convocar seus ministros para reforçar a campanha de João Leite. O pedido foi feito pelo líder do PSDB na Câmara, Aécio Neves (MG).
O ministro Pimenta da Veiga (Comunicações), que está no exterior articulando investimentos em telecomunicações no país, deixou gravadas participações nos programas de João Leite.
Pimenta, mineiro, dará prioridade à campanha em Belo Horizonte, mas poderá ajudar outros tucanos. O PSDB disputa o segundo turno em oito municípios.
O ministro Paulo Renato Souza (Educação) tende a concentrar seus esforços em Campinas, Mauá e Mogi das Cruzes, não apenas para ajudar os candidatos tucanos, mas já aproveitando para divulgar seu nome no interior de São Paulo. O ministro quer concorrer a senador em 2002.
José Serra (Saúde) repetirá no segundo turno o mesmo comportamento adotado no primeiro. Ele gravará mensagens para os programas eleitorais de candidatos tucanos, mas não deverá participar da campanha de rua.
O gaúcho Eliseu Padilha (PMDB), dos Transportes, vai tentar ajudar seu partido a conquistar a Prefeitura de Caxias do Sul, a mais importante do interior do Rio Grande do Sul que estará em disputa no segundo turno.
"Sempre que precisar, Padilha estará aqui, e, mesmo se não precisar, ele virá", brinca o candidato José Ivo Sartori (PMDB), que fala pelo menos duas vezes por semana com o ministro.
O candidato do PMDB vai convidar também para subir em seu palanque o secretário-executivo do Ministério do Turismo, José Otávio Germano, que é do PPB e esteve em Caxias no primeiro turno. O PPB apóia Sartori.
Canoas, município da região metropolitana de Porto Alegre, também vai receber visitas de Padilha. O PMDB não está na disputa, mas apóia o candidato do PSDB, Marcos Ronchetti. Os tucanos apóiam Sartori em Caxias.
Padilha está viajando para o exterior, mas deverá utilizar os dois finais de semana que antecederão as eleições para as viagens ao Rio Grande do Sul.
Fernando Bezerra, da Integração Nacional, o outro ministro do PMDB, ainda não escolheu prioridades, mas se colocará à disposição de candidatos de seu partido. No Rio Grande do Norte, seu Estado de origem, as eleições foram decididas no primeiro turno.
O ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, que é do PPB, também vai viajar em finais de semana para participar da campanha de candidatos de seu partido.
O vice-presidente, Marco Maciel, e os ministros de seu partido, o PFL, se colocaram à disposição dos candidatos, mas ainda não definiram como participarão.


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