São Paulo, sexta-feira, 08 de outubro de 2004

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HISTÓRIA

PT vem ampliando composições desde a derrota de 1989

DA REDAÇÃO

Desde sua fundação, em 1980, o PT vem alargando seu espectro de alianças políticas. Com exceção de 1982, na qual as alianças eram proibidas por lei, até 1989 o partido era bastante refratário a composições. As poucas exceções admitidas eram com partidos de esquerda (PCB, PC do B, PSB) e centro-esquerda (PDT, PV, PMN).
Em 1989, quando perdeu a Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva foi apoiado no primeiro turno só pelo PSB e pelo PC do B. A partir daí, o partido começou a fazer mais acordos.
Em 1990, apoiou o PSDB no Amazonas e no Pará e passou a admitir alguns aliados conservadores, como o PSD. Isso culminou, em 1994, com um grande debate motivado por um manifesto de intelectuais que pedia uma política de alianças que viabilizasse a eleição de Lula. Apesar disso, o arco de alianças seguiu restrito: Lula concorreu apoiado pelo PSB, PC do B, PPS, PV e PSTU.
A nova derrota levou o partido a ampliar ainda mais as alianças. Em 1998, Jorge Viana concorreu no Acre apoiado pelo PTB, PSL e PL; o PT apoiou o PSL no Amazonas, o PSDB no Piauí e aliou-se ao PAN na Bahia. A grande mudança, porém, veio em 2002, quando Lula entregou a vice a José Alencar (PL). Nos Estados, o PT se aliou ao Prona de Enéas Carneiro (Amapá) e ao PRTB de Fernando Collor (Amazonas).


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