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Crash prejudica funcionários
da Reportagem Local
A nova queda nas Bolsas de Valores ontem dificultou ainda mais
a participação dos funcionários da
recém-privatizada CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) no
capital social da empresa.
Com a baixa de 6,38% ocorrida
na Bolsa de Valores de São Paulo,
as ações ordinárias (com direito a
voto) da companhia fecharam o
dia a R$ 127,50 (o lote de mil) -R$
6,68 a menos do que o preço oferecido pelo governo aos empregados
da energética. Caso a tendência se
mantenha, os trabalhadores desistirão de participar do processo de
oferta aos funcionários.
"Do jeito que está hoje, não
compraremos nada. Afinal, se alguém quiser comprar ações, encontra preço melhor na Bolsa",
afirmou o presidente do Clube de
Investimentos dos Empregados da
CPFL, Vicente Andreu.
O grupo esperava comprar 1,5%
dos 10% do capital social da empresa colocados a sua disposição.
As ações que seriam negociadas
correspondem às com direito a voto e têm o maior deságio entre as
oferecidas aos funcionários: 40%.
Segundo Andreu, a crise nas Bolsas causará dificuldades no financiamento da operação. "A ação
não servirá mais como garantia."
De acordo com as regras estabelecidas para a privatização, os novos controladores da energética
terão de comprar as ações não adquiridas pelos funcionários pelo
preço do leilão -R$ 380 o lote de
mil- e ainda cobrir o valor do
desconto a que o clube teve direito.
(PATRICIA ZORZAN)
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