São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997.




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PROTESTO
Grupos são contra fim de projeto
Manifestação pode isolar Vale no Pará

da Agência Folha, em Belém

A Prefeitura de Parauapebas (PA), administrada pelo PSDB, promove às 19h de hoje um protesto que deve fechar a entrada das minas da Companhia Vale do Rio Doce, na serra de Carajás (650 km ao sul de Belém).
Esse protesto, que terá a participação de sem- terra, Central Única dos Trabalhadores, Associação Comercial, movimento estudantil e fazendeiros, pode isolar a Vale.
O outro acesso, a ferrovia que liga Carajás a São Luís (MA), foi obstruído anteontem por cerca de 10 mil manifestantes de Marabá (sudeste do Pará), em um trecho que passa no município. Não houve tumultos. Nos dois últimos dias, a Vale deixou de transportar 240 mil toneladas de minério de ferro, estimadas em US$ 4 milhões, e cerca de mil passageiros.
Os manifestantes protestam contra a Vale, agora privatizada, que suspendeu o projeto Cobre Salobo (instalação de mina e metalúrgica em Marabá), que prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão.
No começo da noite de ontem, o superintendente do Sistema Norte da Vale, Juarez Saliba, tentaria uma segunda rodada de negociações com o comitê Pró-Salobo.
O comitê reúne 42 entidades e partidos políticos. Anteontem, não houve acordo. A polícia não interveio. Até as 19h (horário de Brasília), a ferrovia permanecia interditada. A Brigada do Exército em Marabá não foi acionada.
Cerca de 10 mil manifestantes bloquearam anteontem a ferrovia que liga Carajás (PA) a São Luís (MA)
Vale não transportou 240 mil toneladas de minério de ferro e aproximadamente mil passageiros devido ao bloqueio da ferrovia



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