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Governistas vêem "exagero"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A declaração do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva repercutiu
bastante no Congresso. A oposição criticou a gafe do presidente,
que foi defendido pelo presidente
do PT, José Genoino. "O presidente tem tanta sensibilidade, [é]
tão espontâneo e tem demonstrado tanta generosidade nessa viagem à África, que essa dúvida não
sei responder", disse ao ser indagado sobre o significado da frase.
Um dos vice-líderes do governo
federal, deputado federal Beto Albuquerque (PSB), disse estar havendo um certo "exagero". "No
improviso, às vezes, um enfoque
que se dá pode dar margem a outro tipo de interpretação", afirmou Albuquerque.
Já para o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), a afirmação foi "preconceituosa". "Se a
tese de Lula fosse correta, quando
chegasse à África do Sul teria que
elogiar o apartheid, porque esse é
o país mais rico do continente,
mas o mais desigual", disse ele,
em referência ao regime que oficializou a segregação racial.
O líder do PFL na Casa, José
Carlos Aleluia (BA), disse que "falar demais é como brincar com fogo". Segundo ele, "os preconceitos afloram no improviso."
O líder do PFL no Senado, José
Agripino (RN), disse que "para se
sair com uma destas no final seria
melhor que o presidente não tivesse feito a viagem à África".
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) aproveitou para dizer que as viagens do presidente ao exterior devem ser diminuídas. "Os erros cometidos no
estrangeiro ficam mais destacados. O presidente ofendeu o povo
do continente africano."
Já na avaliação do senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB
no Senado, "o presidente demonstra inadequação quando está no exterior".
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