São Paulo, sexta-feira, 08 de dezembro de 2000

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OUTRO LADO

Para ministério, os equívocos são culpa dos Estados

DA SUCURSAL DO RIO

Os técnicos do Ministério da Justiça que trabalham na coordenação do Infoseg dizem acreditar que um dos problemas principais do programa é a má qualidade das informações fornecidas pelos Estados.
""A filosofia é boa, o gerenciamento é precário", diz o até junho passado gerente de Unificação de Informações e Estatísticas da Secretaria Nacional da Segurança Pública, Renato Lima, hoje consultor do Infoseg.
Procurado pela Folha para se pronunciar sobre o programa, o ministro José Gregori (Justiça) indicou, por intermédio de sua assessoria, Renato Lima para falar.
Na opinião do consultor, o Infoseg, tinha uma deficiência: ""Dava ênfase à tecnologia e pouco valor ao dado".
Segundo ele, as fichas de perseguidos políticos estão no cadastro porque os Estados também enviam seus arquivos mortos para o sistema.
Nenhum Estado ou a União podem mexer nas informações anexadas por outras unidades da federação, apenas têm acesso à consulta. A Polícia Federal também alimenta o arquivo.
Renato Lima afirma que haveria problemas de ordem federativa se algumas bases de dados estaduais fossem retiradas, apesar de poderem levar à detenção de pessoas cujos mandados de prisão já estão vencidos.
O consultor do Infoseg afirmou que, de 1995 até o ano passado, o governo federal investiu cerca de R$ 15 milhões no programa. Pelo menos R$ 11 milhões do total foram repassados aos Estados para permitir a instalação do sistema. Cerca de 20 mil pessoas têm senhas para acessá-lo. (MM)


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