São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2004

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ÁREA SOCIAL

Gasto vai superar R$ 5 bi

Programa puxa renda no NE, afirma estudo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os recursos repassados pelo Bolsa-Família, carro-chefe das ações sociais do governo Lula, chegam a corresponder a até 43% da receita de municípios com menos de 20 mil habitantes, principalmente no Nordeste. Isso faz com que o programa apareça como um dos principais responsáveis por parte das atividades econômicas dessas cidades.
É o que mostra estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e divulgado ontem no seminário "Transferência de Renda: O que mudou?", realizado em Brasília.
Segundo o trabalho, coordenado pela professora Rosa Maria Marques, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, o percentual da população total de municípios nordestinos beneficiada pelo Bolsa-Família varia de 13% a 45%. É a região onde o programa unificado de transferência de renda teve mais beneficiários -69,1% do total.
O Bolsa-Família deve atingir até o final deste mês 6,5 milhões de famílias atendidas, com um gasto de mais de R$ 5 bilhões no ano.
Já uma outra pesquisa também apresentada no evento reforçou a importância das condicionalidades exigidas das famílias que recebem a transferência de renda do governo. O trabalho, feito em quatro municípios nordestinos entre 2002 e 2003, avaliou o impacto do Bolsa-Alimentação no consumo dos beneficiários.
Mostrou que as crianças de até dois anos das famílias atendidas passaram a ter uma dieta mais rica e ganharam mais peso quando comparadas a outras que não recebiam o benefício. O levantamento foi feito a pedido do Ministério da Saúde.
"A efetividade do programa está diretamente relacionada às suas condicionalidades", disse o biólogo Eduardo Nilson, responsável pelo estudo. O Bolsa-Alimentação atende a famílias com crianças abaixo de seis anos e foi incorporado ao Bolsa-Família em 2003.


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