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ÁREA SOCIAL
Gasto vai superar R$ 5 bi
Programa puxa renda no NE, afirma estudo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os recursos repassados pelo
Bolsa-Família, carro-chefe das
ações sociais do governo Lula,
chegam a corresponder a até 43%
da receita de municípios com menos de 20 mil habitantes, principalmente no Nordeste. Isso faz
com que o programa apareça como um dos principais responsáveis por parte das atividades econômicas dessas cidades.
É o que mostra estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e divulgado
ontem no seminário "Transferência de Renda: O que mudou?",
realizado em Brasília.
Segundo o trabalho, coordenado pela professora Rosa Maria
Marques, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo,
o percentual da população total
de municípios nordestinos beneficiada pelo Bolsa-Família varia
de 13% a 45%. É a região onde o
programa unificado de transferência de renda teve mais beneficiários -69,1% do total.
O Bolsa-Família deve atingir até
o final deste mês 6,5 milhões de
famílias atendidas, com um gasto
de mais de R$ 5 bilhões no ano.
Já uma outra pesquisa também
apresentada no evento reforçou a
importância das condicionalidades exigidas das famílias que recebem a transferência de renda do
governo. O trabalho, feito em
quatro municípios nordestinos
entre 2002 e 2003, avaliou o impacto do Bolsa-Alimentação no
consumo dos beneficiários.
Mostrou que as crianças de até
dois anos das famílias atendidas
passaram a ter uma dieta mais rica e ganharam mais peso quando
comparadas a outras que não recebiam o benefício. O levantamento foi feito a pedido do Ministério da Saúde.
"A efetividade do programa está
diretamente relacionada às suas
condicionalidades", disse o biólogo Eduardo Nilson, responsável
pelo estudo. O Bolsa-Alimentação atende a famílias com crianças abaixo de seis anos e foi incorporado ao Bolsa-Família em 2003.
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