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SAIBA MAIS
Vice foi causa de racha entre tucanos em 2002
DA REPORTAGEM LOCAL
Advogado que iniciou sua
carreira política na Arena, partido responsável pela sustentação política do regime militar
(1964-1985), o vice-governador
de São Paulo, Cláudio Lembo
(PFL), foi motivo de racha entre tucanos ao ser escolhido para ser o número dois na chapa
de Geraldo Alckmin (PSDB)
nas eleições de 2002.
Na convenção tucana daquele ano, dirigentes ligados ao governador Mário Covas, que
morreu em 2001, foram resistentes a dar a vaga de vice ao
pefelista.
"Lembo representa o regime
militar, que tantos tucanos lutaram para combater", chegou
a dizer, na época, Jaime Pereira,
dirigente zonal do PSDB paulistano. Geraldo Alckmin, principal entusiasta da coligação
PSDB-PFL, defendeu a indicação de Lembo para o cargo. "O
tempo de ditadura já acabou",
respondeu.
Apesar da resistência inicial
de parte dos tucanos, Lembo se
tornou, com o aval do governador Geraldo Alckmin, um homem de confiança dentro do
governo paulista.
Secretariado
Atualmente, no secretariado
do governador tucano, a cota
pefelista se resume a duas pastas: Juventude e Justiça.
Esse número que deve ser
ampliado caso Lembo assuma
o Estado com a eventual saída
de Alckmin para disputar a sucessão presidencial.
Ex-advogado do banco Itaú,
Cláudio Lembo nunca teve expressão eleitoral relevante. Mas
participou ativamente da política paulistana nos últimos
anos. Foi secretário municipal
de Negócios Jurídicos na administração Jânio Quadros, entre
1986 e 1988.
Neste período, chegou a assumir interinamente a prefeitura
diversas vezes. Ainda em 1988,
o hoje vice-governador disputou uma vaga ao Senado, mas
acabou derrotado.
Em 1989, nas primeiras eleições presidenciais após o regime militar, Lembo lançou-se
candidato a vice-presidente da
República, compondo a chapa
com o presidenciável pefelista
Aureliano Chaves.
As incursões do vice-governador na política paulistana
continuaram em 1993, quando
assumiu a pasta de Planejamento da gestão Paulo Maluf
(1993-1996).
Ficou poucos meses no primeiro escalão malufista, mas
manteve sua influência política, indicando aliados para postos-chave da prefeitura, inclusive durante a gestão do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000).
Um dos padrinhos políticos
do vice-governador é o ex-presidente da República e senador
Marco Maciel (PFL-PE), de
quem Lembo foi chefe-de-gabinete no Ministério da Educação, em 1985.
Antes de ser indicado como o
vice de Geraldo Alckmin nas
eleições de 2002, o pefelista
ocupou cargos de direção na
Universidade Presbiteriana
Mackenzie, em São Paulo, inclusive o de reitor.
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