São Paulo, segunda-feira, 09 de janeiro de 2006

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ESTRADAS

Governo quer atingir 26 mil km nas próximas semanas

Começa hoje operação tapa-buraco em 10,5 mil km de rodovias federais

DA REPORTAGEM LOCAL

Sob críticas, começa hoje a operação tapa-buraco em 10,5 mil km de estradas federais, com cerca de 200 frentes de trabalho realizando obras em 20 Estados.
As contratações de emergência (sem licitação) de empreiteiras e o aditamento de contratos já existentes para manutenção de rodovias vêm sendo feitos a toque de caixa pelos escritórios regionais do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) para que o programa atinja uma malha de 26,4 mil km, em todo o país, nas próximas semanas.
Técnicos em engenharia ouvidos pela Folha questionam o programa. Segundo eles, os gastos de R$ 440 milhões previstos na operação terão pouca eficácia na recuperação das rodovias. Parlamentares da oposição e até da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticam a iniciativa, vista por alguns como eleitoreira.
O governo liberou emergencialmente R$ 350 milhões para as obras. Ainda serão destinados ao programa mais R$ 90 milhões do Orçamento de 2005, já liberados ao Ministério dos Transportes.
Segundo planilha do ministério, os contratos sem concorrência pública devem consumir R$ 182,8 milhões, cerca de 40% do total. O restante será usado em aditamentos com empreiteiras que já trabalham nos trechos atingidos.
Muitos técnicos acreditam que o valor é insuficiente. O vice-presidente de Atividades Técnicas do Instituto de Engenharia de São Paulo, Edemar Amorim, diz que seriam necessários R$ 100 mil para cada quilômetro reformado. A verba anunciada pelo governo cobre R$ 16,6 mil por quilômetro.


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