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ESTRADAS
Governo quer atingir 26 mil km nas próximas semanas
Começa hoje operação tapa-buraco em 10,5 mil km de rodovias federais
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob críticas, começa hoje a operação tapa-buraco em 10,5 mil km
de estradas federais, com cerca de
200 frentes de trabalho realizando
obras em 20 Estados.
As contratações de emergência
(sem licitação) de empreiteiras e o
aditamento de contratos já existentes para manutenção de rodovias vêm sendo feitos a toque de
caixa pelos escritórios regionais
do Dnit (Departamento Nacional
de Infra-Estrutura de Transportes) para que o programa atinja
uma malha de 26,4 mil km, em todo o país, nas próximas semanas.
Técnicos em engenharia ouvidos pela Folha questionam o programa. Segundo eles, os gastos de
R$ 440 milhões previstos na operação terão pouca eficácia na recuperação das rodovias. Parlamentares da oposição e até da base de apoio do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva também criticam a iniciativa, vista por alguns
como eleitoreira.
O governo liberou emergencialmente R$ 350 milhões para as
obras. Ainda serão destinados ao
programa mais R$ 90 milhões do
Orçamento de 2005, já liberados
ao Ministério dos Transportes.
Segundo planilha do ministério,
os contratos sem concorrência
pública devem consumir R$ 182,8
milhões, cerca de 40% do total. O
restante será usado em aditamentos com empreiteiras que já trabalham nos trechos atingidos.
Muitos técnicos acreditam que
o valor é insuficiente. O vice-presidente de Atividades Técnicas do
Instituto de Engenharia de São
Paulo, Edemar Amorim, diz que
seriam necessários R$ 100 mil para cada quilômetro reformado. A
verba anunciada pelo governo cobre R$ 16,6 mil por quilômetro.
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