São Paulo, domingo, 09 de abril de 2000 |
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Custo de programas supera o de mercado
da Reportagem Local Os dois programas de computação encomendados pela Prefeitura de São Paulo para fiscalizar o PAS têm preços elevados para a média do mercado. A GV Consult diz que o seu custou R$ 5 milhões porque consumiu 33 mil horas, com uma equipe de 58 pessoas. A Prodam, por sua vez, diz ter utilizado dez técnicos na construção do seu. O contrato dela prevê também o aluguel de 2.500 computadores, dos quais 700 já estariam instalados na rede. A GV Consult diz ter sido encarregada apenas da "concepção" do sistema. Sua execução caberia à Prodam. Mas esta diz ter trabalhado por conta própria, sem ter recebido os documentos com instruções que aquela empresa de consultoria -segundo protocolos de recebimento aos quais a Folha teve acesso- entregou à Secretaria da Saúde. É um dos indícios de que não houve muita racionalidade na compra dos softwares. A prefeitura gastou mais do que deveria porque o mesmo produto foi concebido por duas equipes diferentes. Os dois sistemas de controle informatizado foram comprados durante a gestão do atual secretário Jorge Pagura. O contrato entre a secretaria e a GV Consult, assinado em janeiro de 1999, eleva-se a R$ 5 milhões. Com a Prodam, outro contrato, desta vez de R$ 5,6 milhões, foi assinado no mês seguinte. A empresa diz já ter recebido R$ 2,6 milhões, embora a secretaria informe já ter pago R$ 3,5 milhões. Mas é um detalhe secundário. Os dois contratos não são idênticos. A GV Consult deveria, por exemplo, propor a reestruturação de toda a rede municipal de saúde. O objetivo encomendado à Prodam era mais modesto. Previa a gestão e a fiscalização da rede já existente. (JBN) Texto Anterior: Contratos: Saúde detecta no PAS atos irregulares, mas não pune Próximo Texto: Tela era simulação para teste, diz secretaria Índice |
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