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OUTRO LADO
"No começo, prioridade era atender bem'
da Reportagem Local
O chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Saúde em 96,
Luiz Eduardo Grandjean Pinto,
disse à Folha que as possíveis irregularidades -ou deficiências, como ele prefere- encontradas nas contas do PAS durante a gestão da qual participou são "casos isolados e previsíveis em um sistema com orçamento de R$ 1,3 bilhão".
De acordo com Grandjean,
"no começo, a secretaria não estava preocupada com os problemas internos de cada módulo,
mas com a qualidade do atendimento que seria dispensado".
Ele foi a pessoa indicada pelo
ex-prefeito Paulo Maluf para
comentar o caso.
A Folha procurou o ex-prefeito e o ex-secretário Roberto
Paulo Richter. No escritório de
Richter, uma funcionária informou que ele estava viajando e
que só comentaria o caso na segunda (amanhã). No de Maluf,
seus assessores entraram em
contato com o ex-chefe de gabinete e pediram que ele procurasse a reportagem da Folha.
Na entrevista, Grandjean sustentou que, em 96, as cooperativas tinham um rígido controle
de suas despesas. Por isso, de
acordo com ele, não foi necessário barrar pagamentos.
"Não tivemos necessidade de
fazer glosas. Quando detectamos que alguma coisa não estava sendo conduzida da melhor
forma, decretamos as intervenções. Foram três, mas não por
problemas de fraudes. Eram
problemas de gestão mesmo."
O ex-chefe de gabinete negou
a existência de sucessivos superfaturamentos e compras fantasmas no sistema em 96, sustentando que o modelo tornava inviáveis fraudes em cascata.
"Quando havia tentativa de
corrupção, a própria cooperativa reagia", afirmou. "Tinha
Conselho de Gestão, Conselho
Fiscal, gerenciadora, diretor de
módulo. Para ter ato de corrupção precisaria de muito dinheiro para toda essa turma. O que
pode ter tido é um desvio de
chefe de almoxarifado."
(SC)
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