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Barros e Ferraz devem depor amanhã
do enviado especial a Miami
Amanhã, os empresários brasileiros Oscar de Barros e José Maria Teixeira Ferraz deverão aparecer em corte pela segunda vez
desde que foram presos no último
dia 26 pelo FBI (Federal Bureau of
Investigation, a polícia federal dos
EUA).
Barros e Ferraz são acusados de
ajudar na lavagem, nos EUA, de
cerca de US$ 500 mil para serem
utilizados na comercialização de
cocaína.
De acordo com a lei norte-americana, será o momento em que
seus advogados deverão anunciar
se permanecem no caso ou o
abandonam.
Será também uma boa oportunidade para que os dois empresários brasileiros ofereçam, cada
um deles, a fiança de US$ 100 mil
estipulada no último dia 4 de abril
para que respondam ao processo
em liberdade.
Barros é diretor da Overland
Advisory Services, uma empresa
de consultoria sediada em Miami,
e presta serviços para políticos
brasileiros há 20 anos.
Entre seus clientes conhecidos
está o pastor Caio Fábio D'Araújo
Filho, apontado como suposto intermediário da tentativa de venda do
dossiê Caribe para políticos da
oposição semanas antes das eleições de 1998.
Juntamente com Barros e com
Ferraz, um ex-doleiro brasileiro
chamado Jamil Degan também
responde ao processo em Miami
por lavagem de dinheiro.
Degan, como Barros, esteve envolvido no episódio do dossiê. Foi
ele quem apresentou os documentos ao pastor Caio Fábio, presidente da ONG evangélica Vinde, que tinha uma de suas bases
em Miami.
Ligação
Tecnicamente, as investigações
em Miami não teriam relação
concreta com o "Grand Jury" que
investiga Barros em Nova York.
No entanto, a Folha apurou que
as promotorias responsáveis pelos dois casos têm mantido um
canal de comunicação quase que
diário.
Indiretamente, o processo de lavagem de dinheiro em Miami
acabou colocando na prisão as
pessoas que estão no centro da investigação do dossiê Caribe, tema
principal do "Grand Jury" em Nova York.
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