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TERRA SEM LEI
Tato confessa crime e culpa Bida e Taradão
SILVIO NAVARRO
DA AGÊNCIA FOLHA
Em duas acareações separadas,
Amair Feijoli da Cunha, o Tato,
apontou ontem os fazendeiros
Vitalmiro Bastos Moura, o Bida, e
Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, como os mandantes do assassinato da missionária americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, em fevereiro, na cidade de Anapu (oeste do Pará).
Preso desde o dia 19 de fevereiro, acusado de ser o intermediário
do crime, Tato decidiu chamar a
Promotoria para revelar como foi
firmado o "consórcio" e, pela primeira vez, admitiu ter sido o intermediário do crime, o que sempre havia negado.
Segundo o promotor Lauro
Freitas Junior, de Pacajá, Tato "se
sentiu sozinho, sem apoio do advogado" e relatou que sua mulher, Elizabeth da Cunha, estava
sendo ameaçada por familiares de
Bida, preso desde 27 de março.
No novo depoimento, Tato
apontou a parceria entre Bida e
Galvão para matar a missionária.
Na ocasião, disse que ouvia dos
fazendeiros que a freira "incomodava com suas freqüentes denúncias ao Ibama e à Procuradoria".
Tato também confessou ter
contratado, a mando dos fazendeiros, Rayfran das Neves Sales, o
Fogoió, e Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, para matar a freira.
Fogoió confessou ser o autor dos
disparos. Ambos estão presos.
Colaborou JAQUELINE ALMEIDA, colaboração para a Agência Folha, em Belém
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