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GOVERNO
Planalto quer o presidente da Embratur como secretário-executivo do novo ministro do Esporte, que assume hoje
Técnico deve virar a "sombra" de Melles
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso deve escalar um técnico -o presidente da Embratur,
Caio Luiz de Carvalho- como
secretário-executivo do Ministério do Esporte e Turismo como
forma de viabilizar a pasta, depois
dos desgastes acumulados pelo
ex-ministro Rafael Greca.
FHC escolheu um político -o
deputado federal Carlos Melles
(PFL-MG)- para ministro, mas
quer um operador atuando a seu
lado para tocar os projetos.
A fórmula não é nova: outros
ministros já tiveram "sombras"
escolhidas pelo Planalto quando
não eram especialistas nas áreas
que assumiam.
Barjas Negri, amigo de FHC e ligado aos tucanos, foi colocado pelo presidente na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, onde
permanece até hoje, para dar suporte ao ex-ministro Carlos Albuquerque. Também Eliseu Padilha
(Transportes) assumiu tendo a
seu lado José Luiz Portella, outro
amigo do presidente -depois
afastado por desentendimentos
com o ministro.
A única dúvida para a confirmação de Caio Luiz de Carvalho
no segundo cargo no ministério é
a sucessão na Embratur (Empresa
Brasileira de Turismo), área considerada vital pelo governo.
Carvalho está no cargo desde o
primeiro mandato de FHC, é ligado ao PSDB e desenvolve um trabalho bem avaliado pelo Palácio
do Planalto.
A cooperativa de cafeicultores
de São Sebastião do Paraíso
(MG), cidade-natal e principal base eleitoral do novo ministro, organizou uma caravana para prestigiar a posse de Carlos Melles no
cargo, hoje. O deputado é cafeicultor na cidade.
Até o final da tarde de ontem,
pelo menos dois ônibus já tinham
sido alugados pela cooperativa
para levar correligionários, eleitores e amigos do novo ministro para a cerimônia de transmissão de
cargo, às 16h30.
A Folha apurou que a viagem de
ônibus entre São Sebastião do Paraíso, que fica no sudoeste de Minas Gerais, e Brasília será custeada pela cooperativa.
A ligação entre a Cooparaíso
(Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso) e a comitiva que chega hoje
a Brasília foi confirmada por assessores do deputado e por funcionários da cooperativa. Oficialmente, a entidade nega.
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