São Paulo, terça-feira, 09 de maio de 2000


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GOVERNO
Planalto quer o presidente da Embratur como secretário-executivo do novo ministro do Esporte, que assume hoje
Técnico deve virar a "sombra" de Melles

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso deve escalar um técnico -o presidente da Embratur, Caio Luiz de Carvalho- como secretário-executivo do Ministério do Esporte e Turismo como forma de viabilizar a pasta, depois dos desgastes acumulados pelo ex-ministro Rafael Greca.
FHC escolheu um político -o deputado federal Carlos Melles (PFL-MG)- para ministro, mas quer um operador atuando a seu lado para tocar os projetos.
A fórmula não é nova: outros ministros já tiveram "sombras" escolhidas pelo Planalto quando não eram especialistas nas áreas que assumiam.
Barjas Negri, amigo de FHC e ligado aos tucanos, foi colocado pelo presidente na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, onde permanece até hoje, para dar suporte ao ex-ministro Carlos Albuquerque. Também Eliseu Padilha (Transportes) assumiu tendo a seu lado José Luiz Portella, outro amigo do presidente -depois afastado por desentendimentos com o ministro.
A única dúvida para a confirmação de Caio Luiz de Carvalho no segundo cargo no ministério é a sucessão na Embratur (Empresa Brasileira de Turismo), área considerada vital pelo governo.
Carvalho está no cargo desde o primeiro mandato de FHC, é ligado ao PSDB e desenvolve um trabalho bem avaliado pelo Palácio do Planalto.
A cooperativa de cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (MG), cidade-natal e principal base eleitoral do novo ministro, organizou uma caravana para prestigiar a posse de Carlos Melles no cargo, hoje. O deputado é cafeicultor na cidade.
Até o final da tarde de ontem, pelo menos dois ônibus já tinham sido alugados pela cooperativa para levar correligionários, eleitores e amigos do novo ministro para a cerimônia de transmissão de cargo, às 16h30.
A Folha apurou que a viagem de ônibus entre São Sebastião do Paraíso, que fica no sudoeste de Minas Gerais, e Brasília será custeada pela cooperativa.
A ligação entre a Cooparaíso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso) e a comitiva que chega hoje a Brasília foi confirmada por assessores do deputado e por funcionários da cooperativa. Oficialmente, a entidade nega.


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