São Paulo, terça-feira, 09 de maio de 2006

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Decisão será usada como "escudo" contra oposição

PEDRO DIAS LEITE
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Aliviado e satisfeito com o arquivamento do relatório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que sugeria o seu impeachment, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer agora usar a decisão da instituição como uma espécie de escudo para as virtuais sugestões de impedimento vindas da oposição daqui para a frente.
Lula e seus auxiliares raciocinam que a OAB tem uma imagem de isenção. Com isso, o fato de não ter encontrado fundamentos para um processo de impeachment funciona como um atestado de que as acusações de corrupção têm sido infladas pela oposição.
"Ótimo, muito bom", reagiu o presidente, ao ser informado ontem pelo ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) de que o relatório da OAB fora rejeitado.
"Veio em boa hora [a decisão da OAB]", afirmou ontem o próprio Tarso.
"A entidade (...) teve a dignidade de não ser envolvida no jogo político ordinário. Mostra para o governo que a OAB tem uma função pública importante e para a oposição diz o seguinte: "Vocês querem o governo? Ganhem a eleição. Não é através do impeachment'", disse Tarso.


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