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ELEIÇÕES 2004
Pinotti diz que não foi informado da decisão do diretório estadual, anunciada pelo vice-governador Cláudio Lembo
PFL decide apoiar Serra e deve indicar vice
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretório estadual do PFL decidiu que fará mesmo a coligação
com o PSDB em São Paulo. O partido deverá indicar um nome para
o cargo de vice na chapa do pré-candidato tucano, José Serra.
"A direção estadual do PFL reuniu-se e decidiu que esse é o melhor caminho para o partido", declarou o vice-governador paulista, Cláudio Lembo, que também é
o presidente estadual da legenda.
Para os tucanos, o apoio da sigla
é importante principalmente em
razão do tempo de TV do PFL
-quase seis minutos. Com a coligação, o PSDB terá cerca de 11 minutos no programa eleitoral.
A direção estadual do PFL esperava a volta do presidente da legenda, o senador Jorge Bornhausen (SC), que estava em viagem
fora do Brasil, para definir a coligação com os tucanos. Bornhausen voltou no fim de semana passado. No domingo, reuniu-se
com a direção estadual do partido
e com o pré-candidato do PFL, o
deputado José Aristodemo Pinotti. Na ocasião, o senador disse a
Pinotti que não poderia intervir
na decisão que viesse a ser tomada pelo diretório paulista.
De acordo com Lembo, o PFL
pretende oficializar a aliança com
o PSDB até a semana que vem.
Resta ainda definir quem indicará
para vice. Há pelo menos cinco
nomes cotados para o posto, segundo o vice-governador.
Dois deles são próximos do governador Geraldo Alckmin
(PSDB). São os ex-secretários de
Estado Lars Grael (Juventude, Esporte e Lazer) e Alexandre de Moraes (Justiça), que se licenciaram
dos cargos na semana passada para disputar a eleição de outubro.
Por ser jovem e conhecido,
Grael é visto com bons olhos no
PSDB, mas, no PFL, é tido como
um nome pouco envolvido com a
máquina partidária. Outro cotado
é o empresário Rogério Amato,
da Associação Comercial de São
Paulo. Vice-presidente estadual
do PFL, Gilberto Kassab foi sondado para o posto, mas afirmou
que não tem interesse.
Pinotti disse ontem que, "se for
em razão de interesses pessoais, e
não do partido", não iria apoiar a
coligação com o PSDB. Segundo o
deputado, o PFL ainda não o havia informado oficialmente da decisão de compor com os tucanos.
Questionado sobre a possibilidade de ser o vice de Serra, disse:
"Ainda não pensei sobre isso".
O PFL rompeu com o governo
de Fernando Henrique Cardoso e
com a candidatura presidencial
de Serra, em 2002, após operação
realizada pela Polícia Federal em
uma empresa da então governadora e hoje senadora Roseana
Sarney (PFL-MA). A sigla responsabilizou Serra pela ação, conhecida como caso Lunus (nome da
empresa). Roseana acabou desistindo de disputar a Presidência.
Seminário
Em seminário do PSDB em Brasília, Serra disse que as eleições
municipais deste ano são um passo fundamental para os tucanos
voltarem à Presidência em 2007.
A principal orientação no evento foi para que os candidatos tucanos usem, como estratégia eleitoral, os ataques ao governo Lula.
"Se o PSDB se fortalecer nessa
eleição, dará um passo para que,
em 2006, possa novamente retomar o comando do poder federal
e dos Estados", afirmou Serra a
cerca de 400 participantes.
Na disputa pela Prefeitura de
Belo Horizonte, o senador tucano
Eduardo Azeredo oficializou ontem que não se candidatará. Assim, o PSDB ficou sem pré-candidato e está sendo empurrado a
compor com João Leite (PSB).
Colaboraram RANIER BRAGON, da
Sucursal de Brasília, e a Agência Folha
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