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Governadores vão ao Congresso
defender alterações na tributária
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Antes de encontrar o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, o grupo
de governadores que representam as cinco regiões do país foi ao
Congresso defender alterações na
proposta de reforma tributária.
Eles reivindicam maior participação no bolo tributário, principalmente por meio da divisão dos
recursos arrecadados com a
CPMF. Ouviram do presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP),
que a reforma tributária enviada
pela Câmara pode ser alterada na
Casa, se a proposta não for adequada aos interesses dos Estados.
"Não vamos abdicar de nosso
desejo aqui no Senado de discutir
os pontos fundamentais da reforma tributária, uma vez que esta é
a Casa da Federação. Toda reforma tributária comporta uma redistribuição de tributos", disse.
Embora considere inviável reduzir a receita da União, Sarney
concordou com os governadores
que o aumento da carga tributária
nos últimos anos não beneficiou
Estados e municípios: "Se formos
corrigir hoje, criaremos uma coisa impossível para a União. Esse
ponto deve ser discutido, dialogado, de modo que, ao longo do
tempo, seja corrigido", disse.
Para o presidente da Câmara,
João Paulo Cunha (PT-SP), que
também recebeu a comissão, os
pleitos dos Estados são justos,
mas o governo federal não pode
ficar "enfraquecido" com uma
eventual perda de arrecadação:
"A gente vai ter de compatibilizar
os interesses dos Estados com os
interesses da União, porque não
podemos ter um país com um governo central enfraquecido".
Na saída do encontro, o governador Eduardo Braga (PPS-AM)
disse que, se não houver um consenso, haverá um "embate" no
Congresso: "Será um embate em
que os deputados de cada Estado
defenderão a governabilidade e o
desenvolvimento da sua região".
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