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São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2003

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Alckmin agora quer CPMF e diz que governo precisa "ser menos Brasília"

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

Após o apoio decisivo do PSDB na aprovação da reforma da Previdência, o governador Geraldo Alckmin elevou ontem o tom das reivindicações de São Paulo na reforma tributária. Afirmou que o governo federal precisa "ser menos Brasília e mais Brasil" para aceitar repartir a CPMF (o imposto do cheque) com os Estados.
São Paulo, segundo ele, responde por 63% do arrecadado pela União com a CPMF e seria justo o Estado receber os recursos.
Até a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara, Alckmin vinha adotando um tom prudente ao comentar temas como a partilha de recursos. Ontem foi incisivo:
"A carga tributária federal teve crescimento expressivo. É preciso descentralizar e fortalecer quem está mais perto do povo, no caso os Estados e os municípios."
De acordo com o governo paulista, o Estado contribui com R$ 100 bilhões por ano em tributos para a União e recebe cerca de R$ 180 milhões.
No entender do governador, a repartição de 25% da Cide (o imposto dos combustíveis), sacramentada ontem pelo governo federal, já estava acertada anteriormente e novos avanços devem ocorrer agora no que diz respeito à CPMF e outros pontos.
Dos dez deputados do PSDB paulista que votaram na reforma da Previdência, seis foram a favor.
O deputado Walter Feldman (PSDB), principal interlocutor de Alckmin na comissão especial da reforma tributária na Câmara, diz que, no caso da CPMF, "o ideal seria o governo repassar o mesmo percentual da Cide aos Estados".
Ele pondera que a proposta exposta pelos governadores, de ficar com a receita da CPMF que nos próximos anos superar os R$ 24 bilhões previstos para 2003, também deve satisfazer São Paulo.


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