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Alckmin agora quer CPMF e diz que governo precisa "ser menos Brasília"
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o apoio decisivo do PSDB
na aprovação da reforma da Previdência, o governador Geraldo
Alckmin elevou ontem o tom das
reivindicações de São Paulo na reforma tributária. Afirmou que o
governo federal precisa "ser menos Brasília e mais Brasil" para
aceitar repartir a CPMF (o imposto do cheque) com os Estados.
São Paulo, segundo ele, responde por 63% do arrecadado pela
União com a CPMF e seria justo o
Estado receber os recursos.
Até a aprovação em primeiro
turno da reforma da Previdência
na Câmara, Alckmin vinha adotando um tom prudente ao comentar temas como a partilha de
recursos. Ontem foi incisivo:
"A carga tributária federal teve
crescimento expressivo. É preciso
descentralizar e fortalecer quem
está mais perto do povo, no caso
os Estados e os municípios."
De acordo com o governo paulista, o Estado contribui com R$
100 bilhões por ano em tributos
para a União e recebe cerca de R$
180 milhões.
No entender do governador, a
repartição de 25% da Cide (o imposto dos combustíveis), sacramentada ontem pelo governo federal, já estava acertada anteriormente e novos avanços devem
ocorrer agora no que diz respeito
à CPMF e outros pontos.
Dos dez deputados do PSDB
paulista que votaram na reforma
da Previdência, seis foram a favor.
O deputado Walter Feldman
(PSDB), principal interlocutor de
Alckmin na comissão especial da
reforma tributária na Câmara, diz
que, no caso da CPMF, "o ideal seria o governo repassar o mesmo
percentual da Cide aos Estados".
Ele pondera que a proposta exposta pelos governadores, de ficar
com a receita da CPMF que nos
próximos anos superar os R$ 24
bilhões previstos para 2003, também deve satisfazer São Paulo.
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