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Ciro Gomes
vê recessão
da Sucursal de Brasília
O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro
Gomes, acha que o presidente Fernando Henrique
Cardoso não será reeleito.
Mas, se for, "o segundo
mandato já começará em
emergência, com dois cenários possíveis, um ruim e
outro péssimo".
Ciro explica o porquê: "A
dívida pública explodiu e
78% do patrimônio privatizável já era. Mas fazer um
pacote fiscal espetacular
depois das eleições vai ser o
fim. Vai matar politicamente o FHC".
Além da expansão da dívida pública, Ciro destaca o
crescente déficit fiscal e o
que ele considera "mais
explosivo": o desequilíbrio
das contas externas.
Ex-ministro da Fazenda
no governo Itamar, como
FHC, Ciro descreve o Brasil
de hoje como "um país parado, estagnado, proibido
de crescer, com um desemprego galopante".
Classifica de "balela" a
promessa da equipe de
FHC de que a prioridade de
um eventual segundo mandato seria social.
"Nisso o Gustavo Franco
(presidente do BC) tem razão: não há recursos para a
área social", disse Ciro, referindo-se a recente entrevista de Franco. Para ele,
Franco pode ter sido sincero por um motivo: "Ele está se blindando para preparar a demissão, porque sabe
que não tem jeito".
Mais duro e mais agressivo do que Luiz Inácio Lula
da Silva (PT), ele acha o ministério de FHC "muito
chinfrim": "Tem até Renan Calheiros na Justiça".
Sobre FHC, diz: "Envelheceu nos ideais, contemporizou com quem não devia, meteu-se num emaranhado de acordos do qual
não consegue sair".
Qualquer presidente eleito, diz Ciro, terá muitos
problemas para controlar a
economia. Só restaria a
FHC tomar quatro medidas
logo de saída: 1) fazer um
pacto, interno e externo,
para reequilibrar as contas;
2) fechar os cofres; 3) alargar as bandas do câmbio; 4)
retomar a alta dos juros.
"Ou seja, o cenário do segundo mandato é de recessão, não de crescimento e
geração de empregos como
eles dizem."
(EC)
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