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Economistas querem
definição de medidas
da Sucursal de Brasília
Para Fábio Giambiagi, gerente
de operações do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), o governo
precisa definir prioridades de gastos para os próximos anos Äcaso
FHC seja reeleito. Ele defende que
o governo fixe metas fiscais claras.
Na opinião do ex-ministro da
Fazenda (governo Sarney) Mailson da Nóbrega, a equipe econômica deve mostrar detalhadamente o que pretende fazer para resolver esse problema até o ano 2002.
Essa avaliação, segundo ele, vale
para quem for eleito presidente da
República neste ano.
Ele disse que o nó dos gastos públicos está nas contas previdenciárias. Pelos seus cálculos, o déficit
dos regimes previdenciários está
hoje em R$ 50 bilhões. A conta inclui as despesas da União, dos Estados e dos municípios com aposentadoria e pensão dos servidores
públicos e os gastos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O ex-ministro acha que o governo já sinalizou que pretende atuar
em três áreas: concluir a votação
da reforma da Previdência Social;
enviar ao Congresso proposta de
mudança fiscal e tributária e mudar a legislação trabalhista.
Essa mudança, por exemplo, ganhou um novo impulso na semana
passada com a criação da jornada
de trabalho de 25 horas semanais.
O economista Marcelo Allain,
do banco BMC, espera medidas
que possam, já a partir de 99, reduzir as despesas com pessoal.
Outro ponto importante é a
prorrogação da CPMF (o imposto
do cheque). A regra atual prevê
sua cobrança somente até janeiro
próximo -o governo quer prorrogá-la pelo menos até o ano 2000.
O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, disse que o governo não pode abrir
mão da receita do CPMF. Neste
ano, por exemplo, a Receita Federal espera arrecadar pelo menos
R$ 7 bilhões com a contribuição.
O déficit nominal das contas públicas (União, Estados, municípios e estatais) deverá ficar em
6,7% do PIB (Produto Interno
Bruto) neste ano, afirmou ele. O
conceito nominal inclui as despesas com juros. Em 97, o déficit público ficou em 6,1% do PIB por esse critério, disse Velloso.
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