São Paulo, terça, 9 de setembro de 1997.



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REFORMA
Militares apresentaram propostas para novo o ministério
Governo estuda 3 opções para criar pasta da Defesa já em 98

da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso bateu o martelo na quinta da semana passada: o Ministério da Defesa começa a ser implantado em 98.
A decisão saiu de reunião com o general Benedito Leonel, ministro-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
FHC fez o comunicado oficial de criação do novo ministério na mesma reunião em que recebeu do general Leonel os estudos com as três propostas básicas de modelos para implantar a pasta da Defesa.
As propostas prevêem três hipóteses para a nova pasta:
1) inflar o Emfa - gradualmente, o atual Estado-Maior das Forças Armadas assumiria funções típicas de uma pasta da Defesa que hoje estão espalhadas pelas três Forças. Por exemplo: política de compra de armas, diplomacia militar e relações bilaterais da Política de Segurança Nacional. As três Forças ficariam subordinadas ao Emfa, e este, à nova nova pasta;
2) quatro ministérios em linha - o novo ministério ficaria burocraticamente ao nível dos três existentes hoje (Exército, Marinha e Aeronáutica). Teria caráter de assessoramento direto de FHC em toda a política militar e seria o interlocutor nas relações internacionais;
3) modelo norte-americano - implicaria acabar com os três ministérios militares. Seriam criados comandos operacionais nas três Forças, subordinados ao novo ministro da Defesa, que teriam o seu Estado-Maior com funções de planejamento e treinamento.
Esse modelo é considerado o menos apropriado à realidade brasileira. Internamente, os militares classificam esse modelo como típico de um país intervencionista.



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