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Maluf promete levar "Rota violenta" às ruas
DA REPORTAGEM LOCAL
Se eleito governador, Paulo Maluf pretende colocar uma "Rota
violenta" nas ruas. Foi o que o
candidato do PPB afirmou ontem
de manhã em caminhada pelo varejão da Ceagesp, em São Paulo.
"A Rota vem, sim, e vem violenta", anunciou, enquanto cumprimentava consumidores e comerciantes no entreposto. "Vem
quente", prosseguiu, repetindo
expressão que já usara em agosto,
durante sabatina na Folha.
"Quem sabe o que é quente entende o que quero dizer."
Pouco depois, ainda referindo-se à tropa de elite da PM, explicou
melhor: "Hoje, o policial teme enfrentar bandidos porque pode
acabar preso. No meu governo, o
soldado terá orgulho de usar farda. Caso reaja a uma agressão em
legítima defesa, não será nem
mesmo processado".
Maluf aproveitou o tema para
investir contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato
à reeleição e seu principal adversário, de acordo com as pesquisas
de intenção de voto. Chamou-o
de "frouxo, fraco e covarde" no
combate à violência.
Sem apresentar nenhuma estatística, disse pelo menos duas vezes que, atualmente, em São Paulo, há mais assassinatos do que
"na Palestina, na Tchetchênia, no
Afeganistão e em Kosovo juntos".
O candidato do PPB também
classificou Alckmin de "mentiroso e desesperado". "Todo perdedor age assim. Ele está desesperado porque me agride há 20 dias na
televisão. Manda os deputados
me atacarem [durante o horário
eleitoral", mas alardeia que está
apanhando. Usa o velho truque
do batedor de carteira na rua 15 de
Novembro: rouba e sai gritando
"pega ladrão"."
O pepebista foi à Ceagesp a convite de sindicatos que atuam no
local, como o de carregadores autônomos. Prometeu atender a
principal reivindicação dos sindicalistas: devolver ao Estado o controle do entreposto, hoje administrado pelo governo federal.
Na visita, Maluf comprou R$ 2
de gengibre e R$ 20 de chocolate.
Comeu pastel de pizza e tomou
caldo de cana.
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