São Paulo, segunda-feira, 09 de setembro de 2002

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Maluf promete levar "Rota violenta" às ruas

DA REPORTAGEM LOCAL

Se eleito governador, Paulo Maluf pretende colocar uma "Rota violenta" nas ruas. Foi o que o candidato do PPB afirmou ontem de manhã em caminhada pelo varejão da Ceagesp, em São Paulo.
"A Rota vem, sim, e vem violenta", anunciou, enquanto cumprimentava consumidores e comerciantes no entreposto. "Vem quente", prosseguiu, repetindo expressão que já usara em agosto, durante sabatina na Folha. "Quem sabe o que é quente entende o que quero dizer."
Pouco depois, ainda referindo-se à tropa de elite da PM, explicou melhor: "Hoje, o policial teme enfrentar bandidos porque pode acabar preso. No meu governo, o soldado terá orgulho de usar farda. Caso reaja a uma agressão em legítima defesa, não será nem mesmo processado".
Maluf aproveitou o tema para investir contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição e seu principal adversário, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. Chamou-o de "frouxo, fraco e covarde" no combate à violência.
Sem apresentar nenhuma estatística, disse pelo menos duas vezes que, atualmente, em São Paulo, há mais assassinatos do que "na Palestina, na Tchetchênia, no Afeganistão e em Kosovo juntos".
O candidato do PPB também classificou Alckmin de "mentiroso e desesperado". "Todo perdedor age assim. Ele está desesperado porque me agride há 20 dias na televisão. Manda os deputados me atacarem [durante o horário eleitoral", mas alardeia que está apanhando. Usa o velho truque do batedor de carteira na rua 15 de Novembro: rouba e sai gritando "pega ladrão"."
O pepebista foi à Ceagesp a convite de sindicatos que atuam no local, como o de carregadores autônomos. Prometeu atender a principal reivindicação dos sindicalistas: devolver ao Estado o controle do entreposto, hoje administrado pelo governo federal.
Na visita, Maluf comprou R$ 2 de gengibre e R$ 20 de chocolate. Comeu pastel de pizza e tomou caldo de cana.



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