São Paulo, quarta, 9 de setembro de 1998

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Avanço ocorre com o tempo

da Reportagem Local

No comportamento do conjunto dos Estados brasileiro, apesar da grande desigualdade de indicadores, nota-se um avanço significativo ao longo do tempo.
Em 1970, só 6 unidades da Federação tinham Índice de Desenvolvimento Humano médio (entre 0,5 e 0,8), contra 19 com IDH baixo (inferior a 0,5).
Em 1996, o quadro já era bastante diferente: das 27 unidades da Federação, nenhuma mais tinha IDH baixo, mas 16 chegaram ao patamar médio, e outras 11 atingiram o alto nível de desenvolvimento humano (índice superior a 0,8).
Evolução semelhante pode ser observada com relação ao ranking dos municípios.

Patamar
Em 1970, 91% dos municípios brasileiros tinham baixo nível de desenvolvimento humano (3.590 cidades) e nenhum chegava ao patamar mais elevado.
Houve um grande avanço na década de 70 e, em 1980, o percentual dos com IDH baixo caiu para 46%.
Nos anos seguintes, a melhoria foi menos intensa: em 1991, 40% das cidades ainda tinham IDH baixo, mas 80 (2%) conseguiram chegar ao alto índice de desenvolvimento em 1991.

Metodologia
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulga oficialmente hoje no Brasil três levantamentos distintos: o relatório internacional de 1998 (com dados de 174 países referentes a 1995), o relatório dos Estados (dados de 1996), e o CD-ROM do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, com dados de todos os municípios brasileiros para 1991.
O uso de bases de dados com datas diferentes faz com que o IDH do Brasil no ranking mundial seja 0,809, contra 0,830 no dos Estados.
As informações foram coletadas e analisadas por técnicos do Pnud, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Ministério do Planejamento) e da Fundação João Pinheiro (MG). (JRT)


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