São Paulo, segunda-feira, 09 de outubro de 2000

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Para FHC, ACM é questão menor

DO ENVIADO A HAIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso qualificou de "problemas menores" suas desavenças com o senador Antonio Carlos Magalhães, evitando, de novo, tocar no assunto.
"Lá no Brasil, a gente discute isso", disse FHC, aproveitando para dar por encerrada a entrevista que concedeu aos jornalistas brasileiros ao final de sua visita ao Museu Kröller- Müller.
Como era previsível, FHC não quis comentar em quem votaria para a presidência do Senado, cargo que causa aberto conflito entre o PMDB do senador Jader Barbalho, e ACM.
"Eu não sou senador", limitou-se a brincar.
Durante os 90 minutos de visita ao museu, o presidente não fez nenhum comentário que pudesse ser entendido como alusão às questões políticas internas.
Escapou até de provocações como a do repórter da Folha, após ouvir do presidente uma breve aula sobre o processo de evolução do pintor holandês Piet Mondrian (1872/1944) até o abstracionismo.
Folha - Processo, essa palavrinha que os tucanos tanto gostam?
FHC - Os tucanos e todas as pessoas inteligentes.
O museu abriga uma formidável coleção de arte, principalmente dos séculos 19 e 20, mas se destaca pela quantidade de obras do pintor holandês Vincent Van Gogh (1853/1890). São 95 quadros e 105 óleos, acervo inferior apenas ao do próprio Museu Van Gogh, em Amsterdã.
O presidente elogiou, de todos os Van Gogh, os da fase da loucura, já no fim da vida do artista.
O museu fica no Parque Nacional Hoge Veluwe e tem também uma coleção de esculturas exibidas nos jardins, igualmente visitadas por FHC, apesar da chuva. (CLÓVIS ROSSI)


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