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MINAS GERAIS
João Leite corteja PDT
Célio tenta aliança com Itamar hoje
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O prefeito de Belo Horizonte,
Célio de Castro (PSB), que busca a
reeleição, tenta hoje quebrar a resistência do governador Itamar
Franco (sem partido) e levá-lo para a sua campanha.
Enquanto isso, seu adversário
João Leite (PSDB) amplia ainda
mais a aliança no segundo turno.
O tucano recebeu ontem o apoio
da peemedebista Maria Elvira.
Terceira colocada no primeiro
turno, a deputada federal pelo
PMDB se antecipou à decisão do
seu partido, que deve sair na noite
de hoje, e anunciou o apoio ao tucano. Com isso, Leite, que estava
isolado no primeiro turno, tem
agora o apoio da deputada, do
PFL, do PTB e do PPB, que teve
candidato próprio.
Célio ainda não desistiu de ter o
apoio do PMDB. Em se confirmando essa expectativa, o racha
no partido vai estar configurado,
diante da decisão de Maria Elvira.
O apoio mais esperado por Célio, no entanto, é o de Itamar, que,
na semana passada, surpreendeu
a coordenação da campanha do
PSB e do PT ao afirmar que não
vai participar da disputa, podendo o prefeito ficar "tranquilo".
A declaração de Itamar foi uma
resposta ao prefeito por ter ele declarado que não gostaria que a
disputa eleitoral ficasse polarizada entre o governador e o presidente Fernando Henrique.
Itamar chegou a anunciar que o
encontro de hoje seria "estritamente administrativo" e teria a
participação de secretários de Estado. Anteontem, o governador
mandou dizer que vai receber Célio reservadamente.
O PSB e o PT não trabalham
com a hipótese de Itamar ficar fora da disputa, porque ele já declarou que "Belo Horizonte não pode cair novamente nas mãos daqueles que infelicitaram o Estado", referindo-se ao PSDB.
João Leite, por sua vez, segue
buscando apoios. Na sua mira
agora está o PDT, que, no primeiro turno, mesmo dividido, decidiu pelo apoio à candidata do
PMDB. Segundo o Datafolha, ele
tem 39% das intenções de voto,
contra 48% de Célio.
Ao receber o apoio da peemedebista, Leite disse que esse fato significava "a soma dos que fazem
oposição" a Célio, que "faz um
governo isolado".
Maria Elvira disse que a sua decisão é "pessoal", mas foi tomada
diante de uma consulta feita aos
membros dos diretórios municipal e estadual do PMDB, que, segundo ela, vão se definir pelo
apoio ao tucano. A candidata faz
críticas ao seu partido, afirmando
que não recebeu o apoio efetivo
do PMDB durante a campanha e
que, por esse motivo, se sente "desobrigada" de acompanhar todas
as decisões da legenda.
No primeiro turno, ela criticou
os peemedebistas que se engajaram na campanha de Célio. Maria
Elvira disse que a sua atitude de
apoiar Leite antes da decisão do
partido é "diferente" pelo fato de
ela ter consultado os membros da
executiva estadual.
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