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Lula agora tenta atrair setores do PFL
DA REPORTAGEM LOCAL
A estratégia petista para vencer
no segundo turno inclui a formação de uma rede de apoios a Luiz
Inácio Lula da Silva em setores
conservadores. São prioridades
do PT neste momento acenos
desde aos bispos da Igreja Universal do Reino de Deus -que controlam parte do PL- ao malufismo, passando por setores do PFL.
Apesar de filiados ao PL, partido que tem a vaga de vice na chapa de Lula, os integrantes da Universal fizeram campanha para
Anthony Garotinho (PSB) no primeiro turno. Lideranças como o
deputado federal bispo Carlos
Rodrigues (SP) e o senador eleito
bispo Marcelo Crivella (RJ) já declararam apoio a Lula.
No PFL, os petistas buscam
principalmente consolidar o
apoio já prometido da senadora
eleita Roseana Sarney (MA) e de
seus aliados regionais. Entre eles,
o senador eleito Edison Lobão e o
atual governador, José Reinaldo
Tavares, que foi reeleito.
Também pode haver um contato de Lula com o senador Antônio
Carlos Magalhães (BA), que também recomendou abertamente o
voto em Lula em entrevista ontem
à TV Bahia. ACM tem o apoio do
governador eleito, Paulo Souto, e
de outros dois senadores.
Já na seara malufista, o partido
faz uma operação delicada. Por
um lado, Lula tem interesse em
entrar no eleitorado do ex-prefeito, mas tomando o cuidado de
guardar uma distância segura dele, dada sua rivalidade histórica
com o PT. Haverá moderação nas
críticas de Lula e do próprio José
Genoino, candidato ao governo
de São Paulo, a Maluf. Apoios como o do deputado federal Delfim
Netto (PPB-SP) a Lula são vistos
com bons olhos pelo partido.
Peemedebistas polêmicos
Figuras polêmicas do PMDB estão também entre as alianças preferenciais do partido de Lula neste
momento. Já estão garantidos os
apoios do ex-presidente e atual
senador José Sarney (AP) e do ex-governador paulista Orestes
Quércia, que acabou de ser derrotado na disputa para o Senado.
O partido conta também com o
ex-governador do Piauí Mão Santa, que se elegeu senador. Cassado
por abuso de poder econômico
no ano passado, ele deu apoio importante ao candidato do PT ao
governo do Estado, Wellington
Dias, que se elegeu no primeiro
turno, derrotando o PFL.
Os lulistas também não reclamariam de uma declaração de voto do ex-presidente do Senado Jader Barbalho, que foi eleito deputado federal pelo Pará. Jader, que
foi obrigado a renunciar devido a
acusações de fraude na extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), está sendo procurado pelo PT local,
que passou para o segundo turno,
mas ainda não definiu posição.
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