São Paulo, quarta-feira, 09 de outubro de 2002 |
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RIO DE JANEIRO Secretários que já fizeram parte do governo do marido podem compor futura administração Rosinha deve usar nomes de Garotinho
SABRINA PETRY DA SUCURSAL DO RIO A tendência do governo de Rosinha Matheus (PSB) no Estado do Rio é aproveitar no secretariado muitos nomes que fizeram parte da administração de seu marido, Anthony Garotinho. De acordo com o que pregou o tempo todo durante a campanha, Rosinha quer dar ao eleitorado a impressão de uma continuidade ao governo Garotinho. Ela mesma atribui sua vitória nas eleições a essa suposta vontade da população do Rio. Como a idéia é dar continuidade ao governo Garotinho, os executivos que foram bem-sucedidos na antiga administração devem voltar, avalia um dos principais colaboradores das campanhas de Rosinha, ao governo, e de Garotinho, à Presidência da República. Nomes como o de Wagner Victer, coordenador do programa de desenvolvimento econômico de Rosinha, e de Jayme Cardoso, principal coordenador da campanha da governadora eleita, são dois dos mais cogitados para compor o novo governo. Victer, que foi secretário de Energia na administração de Garotinho, poderá voltar a ocupar a antiga pasta ou a de Desenvolvimento Econômico. Cardoso também deverá voltar para seu antigo cargo, o de secretário estadual do Trabalho. Além deles, Christino Áureo, antigo secretário de Agricultura, e Rodrigo Silveirinha Corrêa, que ocupou a vaga de subsecretário de Administração Tributária, são dois antigos colaboradores de Garotinho que têm grandes chances de exercer cargos públicos na administração de Rosinha. Segundo a Folha apurou, o destino dos dois seria a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Outros integrantes da equipe de Garotinho que não conseguiram se eleger deputados também estão cotados para ser chamados. É o caso do antigo chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, apontado para ocupar a Secretaria de Segurança Pública. "Ainda não fui convidado, mas eu sou soldado, estou aqui à disposição da nova governadora." Luís Rogério Magalhães, ex-secretário executivo, e Hugo Leal, ex-secretário de Administração, também se encaixam nesse perfil, por serem considerados fiéis colaboradores da família Garotinho. Outros, mesmo eleitos, também estão sendo sondados para compor o secretariado, como o coronel Josias Quintal, ex-secretário de Segurança Pública. Quintal também é cogitado para a Secretaria de Segurança. O fato de ele ter sido eleito deputado federal significa, segundo colaboradores de Rosinha, que seu trabalho tem o aval da população. Ainda não há uma definição quanto à participação do PMDB, que fez a maior bancada na Assembléia Legislativa (12 deputados), na nova administração, como aconteceu no governo de Garotinho. O PMDB apoiou a candidata do PFL, Solange Amaral, ao governo do Estado. Se a base de apoio ao governo Rosinha na Assembléia ficar comprometida, poderá haver entendimentos, segundo a Folha apurou. Rosinha visitou ontem o município de São José do Ubá, no noroeste fluminense, que fica a 280 km da capital. Ela cumpriu uma promessa feita no início da campanha: a de visitar a cidade onde obtivesse o maior percentual -teve 89% dos votos válidos. Texto Anterior: Distrito Federal: Petista tenta repetir alianças de Lula para superar Joaquim Roriz Próximo Texto: Rio Grande do Sul: PT decide exibir diferenças entre Tarso e Olívio Índice |
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