São Paulo, quarta-feira, 09 de outubro de 2002

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RIO DE JANEIRO

Secretários que já fizeram parte do governo do marido podem compor futura administração

Rosinha deve usar nomes de Garotinho

Roberto Joia/"O Diário do Norte Fluminense"
A governadora eleita do Rio, Rosinha Matheus, em visita a São José do Ubá (noroeste fluminense), onde teve 89% dos votos válidos


SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO

A tendência do governo de Rosinha Matheus (PSB) no Estado do Rio é aproveitar no secretariado muitos nomes que fizeram parte da administração de seu marido, Anthony Garotinho.
De acordo com o que pregou o tempo todo durante a campanha, Rosinha quer dar ao eleitorado a impressão de uma continuidade ao governo Garotinho. Ela mesma atribui sua vitória nas eleições a essa suposta vontade da população do Rio.
Como a idéia é dar continuidade ao governo Garotinho, os executivos que foram bem-sucedidos na antiga administração devem voltar, avalia um dos principais colaboradores das campanhas de Rosinha, ao governo, e de Garotinho, à Presidência da República.
Nomes como o de Wagner Victer, coordenador do programa de desenvolvimento econômico de Rosinha, e de Jayme Cardoso, principal coordenador da campanha da governadora eleita, são dois dos mais cogitados para compor o novo governo.
Victer, que foi secretário de Energia na administração de Garotinho, poderá voltar a ocupar a antiga pasta ou a de Desenvolvimento Econômico. Cardoso também deverá voltar para seu antigo cargo, o de secretário estadual do Trabalho.
Além deles, Christino Áureo, antigo secretário de Agricultura, e Rodrigo Silveirinha Corrêa, que ocupou a vaga de subsecretário de Administração Tributária, são dois antigos colaboradores de Garotinho que têm grandes chances de exercer cargos públicos na administração de Rosinha.
Segundo a Folha apurou, o destino dos dois seria a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Outros integrantes da equipe de Garotinho que não conseguiram se eleger deputados também estão cotados para ser chamados.
É o caso do antigo chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, apontado para ocupar a Secretaria de Segurança Pública. "Ainda não fui convidado, mas eu sou soldado, estou aqui à disposição da nova governadora."
Luís Rogério Magalhães, ex-secretário executivo, e Hugo Leal, ex-secretário de Administração, também se encaixam nesse perfil, por serem considerados fiéis colaboradores da família Garotinho.
Outros, mesmo eleitos, também estão sendo sondados para compor o secretariado, como o coronel Josias Quintal, ex-secretário de Segurança Pública.
Quintal também é cogitado para a Secretaria de Segurança. O fato de ele ter sido eleito deputado federal significa, segundo colaboradores de Rosinha, que seu trabalho tem o aval da população.
Ainda não há uma definição quanto à participação do PMDB, que fez a maior bancada na Assembléia Legislativa (12 deputados), na nova administração, como aconteceu no governo de Garotinho. O PMDB apoiou a candidata do PFL, Solange Amaral, ao governo do Estado.
Se a base de apoio ao governo Rosinha na Assembléia ficar comprometida, poderá haver entendimentos, segundo a Folha apurou.
Rosinha visitou ontem o município de São José do Ubá, no noroeste fluminense, que fica a 280 km da capital. Ela cumpriu uma promessa feita no início da campanha: a de visitar a cidade onde obtivesse o maior percentual -teve 89% dos votos válidos.


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