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RIO GRANDE DO SUL
Governo altera o ICMS para ampliar receita
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O governo gaúcho deve enviar
até amanhã à Assembléia Legislativa um pacote para "mudança na
matriz tributária", pelo qual haveria aumento nas alíquotas de alguns produtos e redução nas de
outros, de apelo popular.
Os aumentos no ICMS de 25%
para 28% incidirão sobre energia
elétrica residencial para consumo
acima de 300 kw, álcool e gasolina, cigarros, cerveja e supérfluos
(armas, aeronaves, embarcações
de lazer, armas de brinquedo,
cosméticos e perfumes). De 25%
para 30%, aumentarão os impostos sobre serviços de telecomunicação. Refrigerantes terão um
acréscimo de 18% para 21%.
Pelo projeto, haveria redução de
17% para 7% nos seguintes produtos: mel, vinagre, linguiça, extrato de tomate, mortadela, salsichas e salsichões, hortaliças semi-industrializadas, embalagens para produtos da cesta básica. As alíquotas sobre bolachas e biscoitos
teriam redução de 12% para 7%.
As de papel higiênico e sabão em
barra, de 17% para 12%.
Haverá, também, reduções variadas para móveis, máquinas e
implementos agrícolas, arroz, soja, conservas, leite em pó, queijo,
carne bovina, carne de búfalo e
produtos de empresas que trabalham com reciclagem de materiais ou tratamento de lixo.
A iniciativa do governo enfrentará dificuldades para sua aprovação. A situação tem apenas 13 deputados, contra 42 da oposição.
Paralelamente, o governo pretende destinar R$ 123 milhões para educação, saúde e habitação,
R$ 43 milhões para pagar parte da
sua dívida e R$ 79 milhões para a
redução do déficit. A projeção é
que a proposta resulte em um
acréscimo de R$ 450 milhões na
arrecadação. De acordo com o secretário da Fazenda, Arno Augustin, apenas 30 empresas terão
suas cargas tributárias elevadas.
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