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Acesso a arquivos
demanda custo
alto e preparo
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A revogação do decreto
presidencial que ampliou os
prazos de sigilo em 2002 é
apenas um primeiro passo
para que o Brasil tenha o
acesso aberto e facilitado aos
seus documentos públicos.
O governo dos Estados
Unidos gastou US$ 300,1 milhões em 2002 para atender a
2,402 milhões de requisições
que a população fez para
acessar os documentos.
No Brasil, nenhum ministério, departamento, fundação ou autarquia federal tem
orçamento para essa atividade. Nenhum órgão federal
trabalha com seus arquivos
pensando que algum dia o
público poderá acessá-los.
Há hoje 57 países que já
colocaram em vigor algum
tipo de legislação sobre acesso a documentos. Na América Latina, países têm liberado documentação referente
a seus períodos ditatoriais,
mas só quatro têm leis amplas: Colômbia, México, Panamá e Peru.
Segundo o relatório "Liberdade de informação e leis
de acesso a arquivos governamentais no mundo", financiado pela Open Society
Justice Institute (www.justiceinitiative.org), a lei latino-americana mais bem sucedida é a do México, aprovada
em 2002. Houve prazo para
que os órgãos públicos se
preparassem para atender a
nova demanda.
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