São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2004

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GUERRILHA DO ARAGUAIA

Representante de comissão critica triagem

Ex-guerrilheira quer abertura de arquivos

DA REPORTAGEM LOCAL

Representante dos familiares na Comissão Especial dos Mortos e Desaparecidos Políticos, Criméia Almeida, 58, defende a abertura de todos os documentos secretos da guerrilha do Araguaia.
Ex-guerrilheira e companheira de André Grabois, desaparecido no Araguaia, ela classifica como "chantagem" as declarações do general Jorge Armando Félix, ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, que sugere que a abertura dos documentos traria constrangimentos aos familiares, pois revelaria que ex-presos políticos tinham amantes ou porque houve delações.
Para Almeida, "quando se encobre os arquivos, se está encobrindo crimes dos militares". Ela acha que o governo vai abrir os documentos, mas com reservas. Diz que, quando se abriu o arquivo do Deops, não foi publicada nenhuma notícia de amantes e de delatores: "Serviram para reconstituir os últimos dias de muitos mortos". (FREDERICO VASCONCELOS)


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