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GUERRILHA DO ARAGUAIA
Representante de comissão critica triagem
Ex-guerrilheira quer abertura de arquivos
DA REPORTAGEM LOCAL
Representante dos familiares
na Comissão Especial dos Mortos e Desaparecidos Políticos,
Criméia Almeida, 58, defende a
abertura de todos os documentos secretos da guerrilha do
Araguaia.
Ex-guerrilheira e companheira de André Grabois, desaparecido no Araguaia, ela classifica como "chantagem" as declarações do general Jorge Armando Félix, ministro-chefe
do gabinete de Segurança Institucional, que sugere que a abertura dos documentos traria
constrangimentos aos familiares, pois revelaria que ex-presos políticos tinham amantes
ou porque houve delações.
Para Almeida, "quando se
encobre os arquivos, se está encobrindo crimes dos militares". Ela acha que o governo vai
abrir os documentos, mas com
reservas. Diz que, quando se
abriu o arquivo do Deops, não
foi publicada nenhuma notícia
de amantes e de delatores:
"Serviram para reconstituir os
últimos dias de muitos mortos".
(FREDERICO VASCONCELOS)
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