São Paulo, Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2000


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OUTRA VISÃO

Defesa Civil culpa morador

da Sucursal do Rio

O coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Jorge Lopes, 52, reagiu à avaliação da geógrafa da Uerj afirmando que "a prática é muito diferente".
"A gente sabe que há ocupação desordenada, mas não são conceitos teóricos que vão resolver o problema. Sabemos tudo o que ela sabe, mas sabemos a prática."
Lopes disse que a população muitas vezes se recusa a sair das áreas de risco, como aconteceu em Três Rios (a 123 km do Rio).
Segundo ele, a Defesa Civil passou um alerta para retirada da população de áreas sujeitas a alagamentos, mas os moradores não quiseram sair de suas casas. Horas depois, as casas foram inundadas e uma pessoa morreu.
Lopes disse que a Defesa Civil fez regularmente os trabalhos de limpeza dos rios e replantio de árvores. "Em Friburgo, tiramos geladeira, poltrona e até carcaças de automóveis", afirmou.
Questionado sobre a ação governamental na prevenção a enchentes, Lopes disse: "O poder público não desmatou, não mandou ninguém construir sua casa de forma irresponsável."
Integrante do Ceivap (Comitê para Integração da Bacia do Paraíba), o engenheiro civil Jander Duarte Campos, 53, concordou com a avaliação dos fatores que colaboraram para as enchentes.
Ele afirmou, porém, que o Ceivap ainda não tem poder de ação efetiva, porque a nova Lei das Águas não foi regulamentada, o que permitiria a criação de uma agência capaz de captar recursos.


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