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OUTRA VISÃO
Defesa Civil
culpa morador
da Sucursal do Rio
O coordenador da Defesa Civil
do Estado, coronel Jorge Lopes,
52, reagiu à avaliação da geógrafa
da Uerj afirmando que "a prática
é muito diferente".
"A gente sabe que há ocupação
desordenada, mas não são conceitos teóricos que vão resolver o
problema. Sabemos tudo o que
ela sabe, mas sabemos a prática."
Lopes disse que a população
muitas vezes se recusa a sair das
áreas de risco, como aconteceu
em Três Rios (a 123 km do Rio).
Segundo ele, a Defesa Civil passou um alerta para retirada da população de áreas sujeitas a alagamentos, mas os moradores não
quiseram sair de suas casas. Horas depois, as casas foram inundadas e uma pessoa morreu.
Lopes disse que a Defesa Civil
fez regularmente os trabalhos de
limpeza dos rios e replantio de árvores. "Em Friburgo, tiramos geladeira, poltrona e até carcaças de
automóveis", afirmou.
Questionado sobre a ação governamental na prevenção a enchentes, Lopes disse: "O poder
público não desmatou, não mandou ninguém construir sua casa
de forma irresponsável."
Integrante do Ceivap (Comitê
para Integração da Bacia do Paraíba), o engenheiro civil Jander
Duarte Campos, 53, concordou
com a avaliação dos fatores que
colaboraram para as enchentes.
Ele afirmou, porém, que o Ceivap ainda não tem poder de ação
efetiva, porque a nova Lei das
Águas não foi regulamentada, o
que permitiria a criação de uma
agência capaz de captar recursos.
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