São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 2000


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Imagem de MG não melhora

do enviado especial a Nova York

O evento foi montado para apresentar um novo Itamar, mas tudo deu errado.
Itamar começou sua palestra a cem investidores estrangeiros exibindo um vídeo em inglês com dados econômicos otimistas de Minas e dizendo que estava lá para rebater declarações "errôneas e impatrióticas" do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, que, em novembro do ano passado, sugeriu a investidores que não investissem em Minas Gerais.
Itamar disse que seu governo está aberto ao diálogo com os investidores. Disse que não é contra a privatização, mas que afastou os investidores minoritários da Cemig porque estava protegendo a Constituição do Estado e as leis do país. As razões do rompimento do acordo de acionistas da Cemig foram explicadas pelo seu assessor, Alexandre Dupeyrat.
Quando a palestra foi aberta ao público, Samantha Sparks, da corretora Warburg Tillon Read, perguntou se, em tese, Itamar seria favorável à venda de 33% da Cemig a investidores estrangeiros se essa venda tivesse amparo legal. "Não", respondeu. Um outro investidor perguntou sobre a privatização de Furnas, programada para este ano. "Também não", disse Itamar. Um terceiro perguntou sobre os bancos estaduais mineiros que foram privatizados. "Também não os teria privatizado." No final do encontro, os investidores afirmaram que Itamar deixou uma imagem pior do que a exposta por Fraga.


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