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O procurador-geral da Justiça Militar, Kléber Coêlho, apresentou ontem ao STM (Superior Tribunal Militar) denúncia contra o general Newton Cruz, 74, sob acusação de ele ter prestado falso testemunho no inquérito que apura a explosão de bombas no Riocentro, em maio de 1981.
Cruz foi denunciado por falso testemunho porque não quis revelar no inquérito os nomes de dois militares do Doi-Codi, órgão militar de informações, que sabiam com antecedência sobre a explosão das bombas.
A legislação suprime o crime se o acusado revelar a verdade. O segredo do general envolve um sargento do Exército e um tenente da Polícia Militar do Rio.
"Isso vai acabar em pizza", disse o general. Na época do atentado, Cruz ocupava o cargo do chefe do extinto SNI (Serviço Nacional de Investigação). "Não revelei os nomes por força da lei que criou o SNI", disse, alegando obrigatoriedade de sigilo. Ele vai recorrer.


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