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PF vai apurar quem informou sobre grampo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal instaurou
ontem inquérito para apurar os
responsáveis pelo vazamento
de informações sobre a escuta
telefônica dos envolvidos em
irregularidades na Sudam para
a revista "Veja".
Segundo nota divulgada no
início da noite de ontem pela
PF, o inquérito vai "apurar a
responsabilidade criminal pela
divulgação dos dados que estão
protegidos pelo segredo de Justiça". A "Veja" publicou neste
final de semana reportagem
com trechos da escuta telefônica em que empresários envolvem o ex-secretário-executivo
do Ministério da Integração
Social Benivaldo Alves de Azevedo com irregularidades na
Sudam. Benivaldo foi demitido
antes da publicação.
A escuta foi autorizada pela
Justiça à pedido da PF no Tocantins, que investiga fraudes
na Sudam desde 1999.
Na nota, a PF afirma que o
Ministério Público Federal do
Tocantins requisitou o inquérito no último dia 23 e até agora
não o devolveu.
A nota foi a resposta do Ministério da Justiça e da PF às
afirmações do ministro Fernando Bezerra. Em entrevista
coletiva ontem à tarde, Bezerra
disse ter reclamado ao ministro
da Justiça, José Gregori, de não
ter sido informado antes sobre
o grampo. A PF é subordinada
ao ministério de Gregori.
As afirmações de Bezerra foram mal recebidas na PF. "E
desde quando a PF precisa informar um ministro sobre o
que está fazendo?", dizia-se.
No final da tarde, o diretor-geral da PF, Agílio Monteiro,
foi conversar com Gregori sobre o caso. Antes, a corregedora-geral da União, Anadyr de
Mendonça Rodrigues, foi à PF
pedir informações a Monteiro.
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