São Paulo, terça-feira, 10 de abril de 2001

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PF vai apurar quem informou sobre grampo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal instaurou ontem inquérito para apurar os responsáveis pelo vazamento de informações sobre a escuta telefônica dos envolvidos em irregularidades na Sudam para a revista "Veja".
Segundo nota divulgada no início da noite de ontem pela PF, o inquérito vai "apurar a responsabilidade criminal pela divulgação dos dados que estão protegidos pelo segredo de Justiça". A "Veja" publicou neste final de semana reportagem com trechos da escuta telefônica em que empresários envolvem o ex-secretário-executivo do Ministério da Integração Social Benivaldo Alves de Azevedo com irregularidades na Sudam. Benivaldo foi demitido antes da publicação.
A escuta foi autorizada pela Justiça à pedido da PF no Tocantins, que investiga fraudes na Sudam desde 1999.
Na nota, a PF afirma que o Ministério Público Federal do Tocantins requisitou o inquérito no último dia 23 e até agora não o devolveu.
A nota foi a resposta do Ministério da Justiça e da PF às afirmações do ministro Fernando Bezerra. Em entrevista coletiva ontem à tarde, Bezerra disse ter reclamado ao ministro da Justiça, José Gregori, de não ter sido informado antes sobre o grampo. A PF é subordinada ao ministério de Gregori.
As afirmações de Bezerra foram mal recebidas na PF. "E desde quando a PF precisa informar um ministro sobre o que está fazendo?", dizia-se.
No final da tarde, o diretor-geral da PF, Agílio Monteiro, foi conversar com Gregori sobre o caso. Antes, a corregedora-geral da União, Anadyr de Mendonça Rodrigues, foi à PF pedir informações a Monteiro.


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