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ROMBO AMAZÔNICO
Fernando Bezerra abandona defesa incondicional do presidente do Senado no caso das fraudes na Sudam
"Cabe ao próprio Jader se defender", afirma ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Fernando Bezerra
(Integração Nacional) abandonou ontem a defesa incondicional
do presidente do Senado, Jader
Barbalho (PMDB-PA). Segundo
ele, cabe ao próprio Jader se defender das acusações de envolvimento com as fraudes na Sudam.
Questionado sobre a mudança
de atitude em relação ao correligionário, Bezerra repetiu que "até
agora não há nenhuma denúncia
formal" contra Jader.
"Preferia que essa pergunta fosse feita ao senador Jader", respondeu o ministro, quando questionado sobre a relação do presidente do Senado com o empresário
Geraldo Pinto da Silva.
Nas eleições para a Mesa do Senado, Bezerra se demitiu do ministério para reassumir sua cadeira na Casa e votar em Jader.
Mas, por questões regionais, Bezerra deve deixar o PMDB. O ministro é pré-candidato ao governo
do Rio Grande do Norte, mas está
sem espaço no partido. Especula-se que ele pode se filiar ao PTB ou
ao PSDB.
Bezerra negou que tenha pensado em pedir demissão do ministério devido ao vazamento do
grampo da PF sobre fraudadores
da Sudam.
O ministro disse que recebeu
carta-branca do presidente Fernando Henrique Cardoso para
prosseguir nas investigações e na
reestruturação das superintendências. "Se não fosse o apoio que
estou recebendo do presidente, já
estou ficando cansado de tudo isso, e era hora de voltar para a minha casa", afirmou.
Bezerra afirmou que está estourando o "tumor" e acabando com
a corrupção da Sudam. "Sou um
homem sério, sou um homem
honesto. Mas não me acusam de
nada. Fazem ilações. Quero ver
quantas e quantas vezes vou ter de
me explicar."
Ele disse que a imprensa deveria
fazer sua auto-regulamentação, a
exemplo do que as agências de
publicidade fazem. E criticou a
Polícia Federal por ter repassado
à revista "Veja" as informações
referentes ao grampo nos fraudadores da Sudam.
"O que me espanta é que a PF
prefira o escândalo, a mídia, as luzes", afirmou Bezerra.
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