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PT faz ato com Lula e Dilma para rivalizar com evento tucano
Petistas participam de debate no ABC, berço do partido, para fazer frente ao lançamento oficial da pré-candidatura de Serra
Ex-ministra nega a relação entre eventos e diz que, se eleita, espera que presidente tenha "presença bendita de conselheiro" em seu governo
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pré-candidata do PT ao
Planalto, Dilma Rousseff, e o
presidente Lula participam hoje de um evento promovido por
centrais sindicais em São Bernardo do Campo (SP). O ato,
um debate sobre emprego e
qualificação profissional, será a
forma de o PT fazer frente ao
lançamento hoje, em Brasília,
da pré-candidatura de José
Serra (PSDB) à Presidência.
A rivalidade inclui a internet:
enquanto o ato tucano terá comentários ao vivo via Twitter,
transmitidos em um telão, o PT
dará a chance a internautas de
fazerem perguntas ao vivo.
Ontem, Dilma negou que a
agenda seja para contrapor o
lançamento de Serra.
A jornalistas ela voltou a comentar a polêmica afirmação
sobre o eleitorado mineiro votar nela para presidente e no
candidato tucano ao governo,
Antonio Anastasia. Disse que
respeita um possível movimento "Dilmasia" e que não será autoritária a ponto de dizer o que
o eleitor deve ou não fazer.
No começo da semana, em
Belo Horizonte, Dilma não só
elogiou o ex-governador Aécio
Neves como defendeu a chapa
"Dilmasia" ou "Anastadilma".
As declarações irritaram o
PMDB e o PT de Minas, que estão em negociação para uma
chapa de oposição ao PSDB.
"O fato é que eu respeito o
que o eleitor fizer, ninguém pode ser autoritário a ponto de falar: "Eu não respeito o que o
eleitor quer fazer". Faça o eleitor o que quiser", disse Dilma,
ressaltando, entretanto, que
sua manifestação em Minas foi
tirada do contexto -o de que
ela defende uma candidatura
unificada PMDB-PT.
Dilma disse ainda que não
pretende fazer um apelo para
que Ciro Gomes (PSB) desista
de sua pré-candidatura à Presidência. Ela visitará o Ceará no
início da semana que vem.
Dilma falou depois de ter se
encontrado com o presidente
do Chile, Sebastián Piñera, na
Embaixada do Chile.
Ao meio-dia, em entrevista à
Rádio Capital AM, de São Paulo, a pré-candidata afirmou que
a eleição será difícil, mas que
seu partido nunca esteve "tão
preparado e amadurecido". Sobre Lula, disse querer "que ele
tenha essa presença bendita de
conselheiro" caso seja eleita.
Dilma afirmou ainda que vai
continuar comparando o governo Lula com o de seu antecessor. "Eu vou fingir que não
participei do governo Lula porque os outros têm vergonha de
ter participado do governo Fernando Henrique?", disse.
Colaborou DANIEL RONCAGLIA, da Reportagem Local
Repórteres da Folha
contam bastidores das
campanhas e viagens de
Dilma e Marina
www.folha.com.br/100992
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