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AJUSTE PETISTA
Decreto assinado por Lula cobra de ministérios compromisso com o limite de gastos fixado após corte de R$ 14,1 bilhões
Pastas perdem 40% da verba para viagem
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva determinou ontem uma redução de 40% nos gastos com
passagens e diárias dos ministérios. O decreto 4.691 também avisa aos ministros que eles não devem se comprometer com gastos
superiores aos fixados após o corte de R$ 14,1 bilhões no Orçamento deste ano.
Segundo o decreto, as despesas
com viagens terão que ser reduzidas em relação ao que foi gasto
em 2002. O ministro Guido Mantega (Planejamento) poderá autorizar que algum ministério gaste
mais que o permitido.
Alguns ministérios fazem grandes contratações orçamentárias
no início do ano, contando com o
descontingenciamento futuro do
Orçamento. O decreto de ontem
alerta, portanto, que essa hipótese
ainda não está clara. Ou seja, os
ministros devem tomar cuidado
com esses empenhos.
Logo no início do decreto, o governo explica que as medidas estão sendo tomadas para garantir o
cumprimento da meta de economia de receitas deste ano.
Transparência
No decreto também há um artigo que obriga os ministérios a tornarem transparentes as despesas
com serviços diversos como informática e telefonia.
No mês passado, Mantega publicou portaria determinando aos
ministros que programem as viagens de seus funcionários com
antecedência mínima de dez dias.
Além disso, a portaria diz que os
bilhetes de passagens aéreas devem ser adquiridos pelo menor
preço, ou seja, na classe econômica em tarifa promocional. No prazo de cinco dias úteis após a viagem, o funcionário terá de apresentar sua prestação de contas.
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