São Paulo, sábado, 10 de junho de 2000


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SÃO PAULO
Congresso do PSB aprova hoje o lançamento da candidatura de ex-prefeita; Emerson Kapaz (PPS) será o vice
Partido de Regis acerta com Erundina

ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O PMN -partido do prefeito interino de São Paulo, Regis de Oliveira- anunciou ontem seu apoio à candidatura de Luiza Erundina (PSB) à prefeitura.
Com isso, a coligação "São Paulo somos nós" passa a ter cinco partidos, todos médios ou pequenos: PSB, PPS, PDT, PHS e PMN. O PV também estuda a possibilidade de participar da coligação.
Regis filiou-se ao PMN no início do ano, com a intenção de disputar as eleições. Ao assumir interinamente a Prefeitura de São Paulo, ele desistiu da candidatura.
Na semana passada, o PMN anunciou um "rompimento político" com o prefeito, por discordar de algumas nomeações de secretários municipais.
Regis ainda está filiado ao PMN porque alguns de seus correligionários serão candidatos a vereador. Mas ele deve se desligar do PMN nos próximos dias e pretende ficar sem partido até o final do processo eleitoral.
O prefeito interino disse à Folha que Erundina "é uma belíssima candidata", mas afirmou que não vai apoiar nenhum candidato à prefeitura. "Quero ficar equidistante nestas eleições."
O PMN não vai fazer coligação para a eleição proporcional com o PSB, em virtude da grande quantidade de candidatos a vereador que tem. O mesmo ocorre com o PPS.
A legislação eleitoral permite que as coligações para cargos proporcionais lancem no máximo 110 candidatos a vereador, independentemente do número de partidos que a componham.
PSB, PDT e PHS farão coligação para os proporcionais. PPS e PMN discutem a possibilidade de fazer coligação entre si. Caso não ocorra a coligação, os dois partidos lançarão chapas independentes de vereadores, o que dificulta a obtenção do coeficiente eleitoral.

Congresso
O PSB realiza hoje, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, das 9h às 17h, seu Congresso Municipal, que vai aprovar o lançamento da candidatura de Erundina e o nome de Emerson Kapaz (PPS) para vice na chapa.
Também deve ser aprovada a indicação do deputado José Roberto Batochio (PDT) para presidir o conselho político da chapa.
O outro item da pauta é a homologação das coligações para as chapas majoritária e proporcional.
De olho nas negociações com o PV, o PSB vai aprovar a participação do PV na coligação, de modo que a decisão de entrar ou não no bloco de partidos que apóiam Erundina vai ficar exclusivamente com o próprio PV. A homologação da chapa está prevista para as 11h.
O congresso vai levar a São Paulo os principais caciques do PSB, como o ex-governador Miguel Arraes, o governador Ronaldo Lessa (Alagoas), os dois senadores do partido e diversos deputados federais.
Para que as coligações sejam realizadas, é preciso que os demais partidos também as aprovem em suas convenções.
Sobre a possibilidade de o PPS não aprovar a coligação com o PSB ou de não indicar Emerson Kapaz para vice, Erundina disse estar tranquila.
Segundo ela, as negociações sobre a aliança foram feitas nas três instâncias do partido e aprovadas por encontro municipal do PPS com ampla maioria.
Apesar de considerar "muito remota" essa possibilidade, Erundina diz que seria necessário substituir o candidato a vice e realizar outra convenção do PSB para aprovar o novo nome.


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