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Mudança no FEF favorece bancos
da Sucursal de Brasília
O governo retirou do projeto que
prorroga o FEF (Fundo de Estabilização Fiscal) até 1999 o recolhimento adicional de sete pontos
percentuais que os bancos faziam
como CSLL (Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido).
A exclusão dessa contribuição
adicional foi descoberta ontem pelo bloco de oposição, que anuncia
que vai usá-la como argumento
para tentar modificar o FEF, cuja
votação está prevista para hoje.
"O governo suavizou o imposto
dos bancos e agora não sobra dinheiro para compensar as perdas
que os municípios terão com a
prorrogação do FEF", disse o deputado Paulo Bernardo (PT-PR).
A perda dos municípios com o
FEF é estimada em R$ 883 milhões
em dois anos e meio. Nesse período, os bancos deixarão de recolher
R$ 1,7 bilhão de CSLL, segundo estimativa preliminar de Bernardo.
O bloco de oposição começou a
articular com outros partidos uma
emenda que reintroduz a taxação
adicional dos bancos e compensa
100% das perdas dos municípios.
A proposta provocou reação
contrária da relatora do projeto do
FEF na Câmara, deputada Yeda
Crusius (PSDB-RS). "Esse é um
raciocínio perverso", disse.
Crusius reconheceu que, vista
isoladamente, há uma aparente redução da carga tributária dos bancos. "Mas esse é só um lado da
moeda", disse, argumentando que
o assunto não pode ser apartado
do conjunto de mudanças promovidas no IRPJ (Imposto de Renda
das Pessoas Jurídicas).
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