São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 2002

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Rita critica FHC por arquivamento de pedido

DO ENVIADO ESPECIAL A CORUMBÁ

A candidata a vice na chapa de José Serra, Rita Camata (PMDB-ES), criticou ontem o presidente Fernando Henrique Cardoso e o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que decidiram arquivar o pedido de intervenção federal no Espírito Santo.
Rita considerou que FHC foi precipitado, pois a tramitação do processo previa que ele fosse examinado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) antes de o presidente se manifestar.
"Houve um relatório pedindo a intervenção que deveria ter sido examinado pelo STF antes da manifestação do presidente. Esse era o procedimento adequado", afirmou a deputada. Quando questionada se o presidente se precipitou, Rita concordou.
Deputada em quarto mandato pelo Espírito Santo, Rita é inimiga política do atual governador, José Ignácio (PTN, ex-PSDB), e apóia o candidato do PSB ao governo, Paulo Hartung.
A vice de Serra era favorável à intervenção no Estado. Para ela, o relatório do CDDPH (Conselho da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) concluiu que a medida era necessária: "Havia elementos suficientes para que a intervenção fosse decretada".

Reale Júnior
Rita não quis opinar se houve interferência política na decisão do arquivamento. E lamentou a saída do ministro Miguel Reale Júnior (Justiça), dizendo que aprovava seu trabalho no governo. O ministro defendia a intervenção. Pediu demissão por se sentir desautorizado com o arquivamento do processo.
José Serra também lamentou o pedido de demissão do ministro: "É uma pena, o Reale estava indo muito bem".
O presidenciável, porém, não quis comentar a decisão sobre o Espírito Santo: "Sei do assunto tanto quanto vocês. Apenas li o que saiu nos jornais".
Ele também não comentou a saída do diretor da Polícia Federal, Itanor Carneiro, dizendo que não tinha nenhum relacionamento com ele. (OC)




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