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Aposentadoria integral é "erro", diz líder da CUT
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O presidente da CUT
(Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho,
considerou ontem um "erro" a possibilidade de o governo manter a aposentadoria integral para servidores
que contemplarem certos
requisitos. O sindicalista defendeu um teto de R$ 4.800
para os benefícios.
"O governo erra ao admitir
abandonar um teto, o que
atenderia à maioria esmagadora da classe trabalhadora.
O governo está errado em
manter a integralidade acima de um teto. Essa proposta atende aos altos salários."
Em suas críticas, Marinho
fez referência às pressões do
Poder Judiciário para a manutenção de privilégios: "O
Judiciário pode em determinado momento trabalhar
com um processo de chantagem. Espero que isso não
ocorra, que eles sejam fiéis
ao juramento que fizeram ao
assumirem a carreira".
Integrantes do Judiciário
estão tentando manter a
aposentadoria com salário
integral e querem o aumento
do subteto salarial nos Estados. Pela proposta do governo, esse teto seria de 75% do
salário de um ministro do
STF. A reivindicação é que
seja elevado para 90%.
"Tem gente que diz: "Somos diferentes porque somos uma carreira típica de
Estado". Por quê? O servidor
que atende atrás do balcão
não é?", disse Marinho.
A CUT, a Social Democracia Sindical e a Força Sindical participaram ontem de
audiência pública na comissão especial da reforma da
Previdência, na Câmara, e
divergiram em relação à
proposta: enquanto as duas
primeiras criticaram pontos
centrais do projeto, a Força
Sindical apoiou a proposta.
Chamado insistentemente
de "pelego" por servidores
que estavam na platéia e atacado também por deputados do PC do B, PDT e PT, o
tesoureiro-geral da Força
Sindical, Ricardo Patah, defendeu a criação de fundos
de pensão complementares
e o teto de R$ 2.400 para as
aposentadorias.
(FK)
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