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Rio quer descontar royalties
da Sucursal do Rio
A ANP (Agência Nacional do
Petróleo) informou ontem ao
governador do Rio, Anthony
Garotinho (PDT), e ao ministro da Fazenda, Pedro Malan,
que o Estado do Rio tem a receber cerca de R$ 13,2 bilhões em
20 anos de royalties e de participação especial sobre a receita
do petróleo que produz.
O governo federal e o governo do Rio estão negociando o
uso desses recursos para abater
a dívida mobiliária do Estado
com a União. Garotinho não
gostou do número e disse que,
pelos cálculos do Estado, ele
chegaria a R$ 18 bilhões.
Além disso, quer que o cálculo seja sobre 30 anos e não sobre 20 anos de receita do petróleo. Os números foram discutidos ontem, no Rio, entre Garotinho, Malan e o diretor-geral
da ANP, David Zylbersztajn.
O governo do Rio e o governo
federal estão trabalhando para
que o acordo da dívida do Estado, o último pendente, seja assinado até a próxima sexta.
A dívida do Rio que está sendo renegociada é de R$ 13 bilhões, segundo Garotinho.
Acontece que os R$ 13,2 bilhões
que viriam da antecipação da
receita pela produção do petróleo representam, na verdade,
R$ 6,7 bilhões na operação.
Isso porque há uma diferença
entre o valor atual (os R$ 13,2
bilhões que seriam obtidos se o
dinheiro fosse todo arrecadado
hoje) e o valor presente (quanto se calcula que valeria hoje o
dinheiro que deveria ser arrecadado ao longo de 20 anos).
O número de R$ 6,7 bilhões
ainda não é oficial. Sobre ele, o
governador do Rio soma cerca
de R$ 2 bilhões que, segundo
ele, seria um desconto por pagar parte da dívida à vista.
Mas um técnico do Tesouro
Nacional disse que esses R$ 2
bilhões fazem parte dos R$ 6,7
bilhões e que eles não são um
desconto, mas a parcela que o
Rio tem que pagar à vista para
ter direito a juros de 6% ao ano
sobre o resto da dívida.
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