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Telmo pode revelar fatos, diz advogado
da Sucursal do Rio
Temílson Resende, o Telmo, nega guardar uma ordem de serviço
da SSI (Subsecretaria de Inteligência), mas seu advogado, Carlos Kenigsberg, admite que ele
poderá apresentar novidades no
desenrolar do caso.
De acordo com Kenigsberg,
Telmo, contou tudo o que sabia
sobre o grampo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) durante o
depoimento prestado à Justiça
Federal, no final de setembro.
Isso não impedirá, na análise do
advogado, que Telmo venha a revelar novos fatos.
"Uma pessoa magoada, da forma como Telmo está magoado,
com as pessoas e com o próprio
serviço... Não sei se amanhã ele,
em um rompante, possa vir a
mencionar alguma coisa do serviço", disse Kenigsberg. Telmo é o
principal suspeito no caso.
Investigação
O advogado afirmou que Telmo, ao saber que conversas de autoridades do governo tinham sido
alvo de escutas telefônicas clandestinas, chegou a investigar o caso dentro da sede da SSI no Rio.
"Ele não conseguiu apurar nada. Só boatos. Ele não recebeu a
ordem, mas outros agentes podem ter recebido. No serviço dele,
é comum um agente guardar segredo de suas missões", disse Kenigsberg à Folha.
A existência de ordens de serviço escritas com determinações
das chefias foi confirmada por
Telmo, que, por intermédio do
advogado, disse não saber se no
caso do BNDES há um documento do tipo.
Telmo nega qualquer envolvimento com a operação do grampo. Ele disse acreditar que foi acusado pelo ex-agente federal Célio
Rocha para que este se beneficiasse no processo a que responde na
Justiça por suposta prática de extorsão.
(RS e ST)
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