São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002

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RIO DE JANEIRO

Rosinha critica Benedita e afirma que vai aumentar a arrecadação

SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO

A reestruturação da Secretaria de Fazenda será uma das primeiras medidas da governadora eleita Rosinha Matheus (PSB) para aumentar a arrecadação do Rio.
Rosinha contesta números apresentados pela governadora Benedita da Silva (PT), que indicam um aumento da receita do Estado no período de janeiro a junho deste ano. Ela diz que está havendo exatamente o contrário.
Essa discordância resultará numa nova guerra de números, a exemplo do que aconteceu quando, em abril, Benedita assumiu a administração estadual no lugar de Anthony Garotinho (PSB), que se lançou candidato ao Planalto.
Os dados apresentados por Benedita foram apurados pelo economista Lauro Vieira de Faria, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Segundo o estudo, de janeiro a abril, houve aumento de 12% na arrecadação. Em maio e junho, primeiros dois meses integralmente sob a gestão de Benedita, o aumento foi de 15,9%. Para a Secretaria de Planejamento do governo Benedita, o estudo indica que o problema do Rio não é de receita, mas de despesa. O aumento de gastos com investimentos no fim do governo passado e das despesas de pessoal para a futura gestão seriam os principais responsáveis pela defasagem.
Rosinha nega o aumento de receita. "A arrecadação do Estado vem caindo mês a mês desde abril. Já caiu em torno de 9%. Nós vamos aumentar a receita e começar a trabalhar." A reestruturação deverá ficar a cargo de Rodrigo Silveirinha Corrêa, que foi subsecretário de Administração Tributária no governo Garotinho.
A governadora eleita não pretende manter iniciativas da gestão atual, principalmente na área de segurança. O dirigível alugado para patrulhar a cidade deverá ser um de seus primeiros alvos: "Além de caro, não tem dado resultados reais. É melhor usarmos os recursos empenhados nele em outras questões prioritárias da área da segurança."
Os recém-instalados bloqueadores de celulares no complexo penitenciário de Bangu -aparelhos considerados imprescindíveis para evitar que os presos continuem comandando ações criminosas- poderão ser retirados.


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