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RIO DE JANEIRO
Rosinha critica Benedita e afirma que vai aumentar a arrecadação
SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO
A reestruturação da Secretaria
de Fazenda será uma das primeiras medidas da governadora eleita Rosinha Matheus (PSB) para
aumentar a arrecadação do Rio.
Rosinha contesta números
apresentados pela governadora
Benedita da Silva (PT), que indicam um aumento da receita do
Estado no período de janeiro a junho deste ano. Ela diz que está havendo exatamente o contrário.
Essa discordância resultará numa nova guerra de números, a
exemplo do que aconteceu quando, em abril, Benedita assumiu a
administração estadual no lugar
de Anthony Garotinho (PSB), que
se lançou candidato ao Planalto.
Os dados apresentados por Benedita foram apurados pelo economista Lauro Vieira de Faria, da
FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Segundo o estudo, de janeiro a
abril, houve aumento de 12% na
arrecadação. Em maio e junho,
primeiros dois meses integralmente sob a gestão de Benedita, o
aumento foi de 15,9%. Para a Secretaria de Planejamento do governo Benedita, o estudo indica
que o problema do Rio não é de
receita, mas de despesa. O aumento de gastos com investimentos no fim do governo passado e
das despesas de pessoal para a futura gestão seriam os principais
responsáveis pela defasagem.
Rosinha nega o aumento de receita. "A arrecadação do Estado
vem caindo mês a mês desde
abril. Já caiu em torno de 9%. Nós
vamos aumentar a receita e começar a trabalhar." A reestruturação
deverá ficar a cargo de Rodrigo
Silveirinha Corrêa, que foi subsecretário de Administração Tributária no governo Garotinho.
A governadora eleita não pretende manter iniciativas da gestão
atual, principalmente na área de
segurança. O dirigível alugado para patrulhar a cidade deverá ser
um de seus primeiros alvos:
"Além de caro, não tem dado resultados reais. É melhor usarmos
os recursos empenhados nele em
outras questões prioritárias da
área da segurança."
Os recém-instalados bloqueadores de celulares no complexo
penitenciário de Bangu -aparelhos considerados imprescindíveis para evitar que os presos continuem comandando ações criminosas- poderão ser retirados.
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